Terça, 10 de Dezembro de 2024
15°C 26°C
Barracão, PR
Publicidade

CGU aponta esquema no Programa Farmácia Popular que podem ter chegado a R$ 2,3 bilhões

Órgão pede mais fiscalização para que o esquema seja desmontado e a população seja melhor atendida

Redação
Por: Redação Fonte: PANTV/Marcos Prudente
09/01/2024 às 08h18
CGU aponta esquema no Programa Farmácia Popular que podem ter chegado a R$ 2,3 bilhões
Foto: Reprodução Sincofarma SP

A recente auditoria realizada pela Controladoria Geral da União (CGU) revelou uma série de irregularidades que apontam para um desafio significativo na gestão do Programa Farmácia Popular Brasileira (PFPB). O relatório expõe uma discrepância alarmante de R$ 2,6 bilhões em medicamentos que nunca chegaram às Farmácias Populares entre os anos de 2015 e 2020, representando aproximadamente 18,53% dos recursos repassados pelo Ministério da Saúde para o programa.

Continua após a publicidade

Uma das principais constatações da auditoria é o registro de 362 milhões de notas fiscais de vendas a mais do que o número real de medicamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde no mesmo período. Isso sugere a existência de "vendas fictícias", onde remédios foram lançados como vendidos, mas nunca chegaram efetivamente às farmácias populares, prejudicando diretamente a assistência à população.

Continua após a publicidade

O Ministério da Saúde, em nota, alegou que durante o período auditado, não havia a exigência da Receita Federal para que as farmácias credenciadas fornecessem informações sobre o código de barras, o que agora é obrigatório. Essa lacuna na fiscalização, de acordo com o ministério, dificultou o cruzamento de dados e contribuiu para as irregularidades identificadas.

Continua após a publicidade

A CGU apontou ainda a existência de R$ 7,4 milhões em vendas lançadas no sistema após a morte do beneficiário, indicando possível desperdício de recursos públicos e até mesmo fraudes cometidas por particulares ou estabelecimentos farmacêuticos.

A secretária-executiva da CGU, Vânia Vieira, destacou que as causas das irregularidades podem variar desde problemas simples nos controles das farmácias até questões mais graves, como sonegação fiscal e roubo de cargas. Ela ressalta que os problemas ocorrem nos estabelecimentos e não no Ministério da Saúde.

O relatório da CGU elenca recomendações ao gestor federal para solucionar a situação, incluindo a elaboração de um plano para confirmar o montante a ser ressarcido, a aplicação de sanções cabíveis e sugestões para fortalecer o controle do programa. O Ministério da Saúde, por sua vez, respondeu afirmando que em 2023 aumentou em 771% a aplicação de multas, trabalhando em conjunto com a CGU e o Tribunal de Contas da União (TCU) para reconstruir o Programa Farmácia Popular.

É crucial que o governo adote medidas efetivas para corrigir as distorções apontadas pela CGU, garantindo a transparência e eficiência na gestão do Programa Farmácia Popular. Restaurar a confiança da população nesse programa essencial para milhões de brasileiros requer uma abordagem abrangente, desde o fortalecimento dos controles até a aplicação rigorosa de sanções para coibir práticas indevidas.

Nota na integra:

“O Ministério da Saúde informa que, para reconstruir o programa Farmácia Popular, priorizou corrigir as distorções que haviam sido apontadas pela Controladoria-Geral da União (CGU). A pasta também trabalha em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU) para dialogar sobre os problemas encontrados e aperfeiçoar os sistemas de controle. Somente a partir dessas duas iniciativas, a Pasta retomou o programa fundamental para assistência de mais de 22 milhões de brasileiros em 4,5 mil municípios;

“Como resultado desse trabalho, somente em 2023, a aplicação de multas aumentou 771% e o número de estabelecimentos descredenciados ampliou em 707% em relação a 2022. Em 2023, 180 novos municípios passaram a ter acesso ao programa com novas unidades credenciadas;

“Sobre o relatório da CGU, é importante considerar que no período analisado, de 2015 a 2020, não havia exigência da Receita Federal para que as farmácias credenciadas fornecessem informações sobre o código de barras, agora obrigatório. Portanto, isso prejudicou o cruzamento de dados que mostram possíveis irregularidades na dispensação de medicamentos. Ressalta-se também que, atualmente, não são autorizadas as dispensações para CPFs de pessoas que tenham registro de óbito junto às bases da Receita Federal e do Cartão Nacional de Saúde (CNS).”

Com informações do Poder360

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Barracão, PR
16°
Tempo nublado
Mín. 15° Máx. 26°
16° Sensação
0.92 km/h Vento
98% Umidade
100% (0.18mm) Chance chuva
05h35 Nascer do sol
05h35 Pôr do sol
Quarta
27° 15°
Quinta
27° 16°
Sexta
19° 17°
Sábado
25° 17°
Domingo
26° 13°
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 6,08 -0,09%
Euro
R$ 6,42 +0,01%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,28%
Bitcoin
R$ 624,992,93 -0,06%
Ibovespa
127,210,19 pts 1%
Publicidade
Publicidade
Enquete
Nenhuma enquete cadastrada
Publicidade
Lenium - Criar site de notícias