A recente divulgação do Índice de Percepção de Corrupção de 2023 pela Transparência Internacional revela um panorama desafiador para o Brasil, que obteve apenas 36 pontos, colocando-o abaixo das médias globais e regionais. A liderança da Dinamarca no ranking, seguida pela Finlândia e Nova Zelândia, destaca a disparidade entre as nações em relação à transparência e integridade.
É importante notar que o relatório não poupou críticas ao governo anterior de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT). A flexibilização da Lei das Estatais foi identificada como um ponto prejudicial à integridade do país, gerando preocupações sobre o loteamento político dessas entidades.
O relatório também enfatiza a deterioração na percepção de corrupção no Brasil durante os anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL). A organização internacional expressa preocupação com o enfraquecimento dos pilares fundamentais no combate à corrupção: o judicial, o político e o social. Bolsonaro é acusado de tentar neutralizar esses pilares para proteger sua família de investigações de corrupção e evitar processos de impeachment.
Apesar das críticas, o relatório também reconheceu ações positivas do governo, como a retirada do sigilo de documentos da gestão anterior. A atuação da Polícia Federal contra suposto monitoramento ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi destacada como uma medida significativa no combate à corrupção.
A situação do Brasil, conforme apontado pela Transparência Internacional, destaca a complexidade do desafio enfrentado pelo país na construção e manutenção de um ambiente anticorrupção. A análise ressalta a necessidade de uma abordagem holística, envolvendo os setores judicial, político e social, para efetivamente combater a corrupção e reconstruir a confiança nas instituições públicas.
A transparência e a integridade permanecem como valores fundamentais na busca por uma sociedade justa e equitativa. O relatório serve como um alerta e uma oportunidade para reflexão e ação, visando fortalecer os alicerces anticorrupção e promover uma governança mais transparente e responsável no Brasil.
Com informações Poder 360
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