No último domingo (07), a Copa Sudoeste de Futebol Amador foi marcada por uma rodada de semifinal polêmica, que gerou grande repercussão e descontentamento entre jogadores, torcedores e a comunidade esportiva. A Associação Esportiva do Sudoeste do Paraná (AESUPAR) que já havia decidido bloquear os comentários em seu perfil no Instagram, está passando por lá despercebido, mas a medida não impede de terceiros levantar o debate em suas redes sociais, afinal é uma medida que rapidamente se tornou um dos assuntos mais discutidos nos círculos esportivos da região.
A controvérsia teve início ainda nas quartas de finais e neste final de semana com as condições climáticas adversas que afetaram o gramado do Estádio Municipal Ivo Baggio, em Planalto, o negócio ganhou mais destaque. Afinal, mesmo com o campo em péssimo estado, repleto de poças d'água, a decisão foi de manter a partida. Esse cenário contribuiu para um incidente grave logo nos primeiros minutos de jogo, quando o meia Biro, do time Nova Esperança do Sudoeste, sofreu uma fratura no pé após uma entrada dura de Maurício, jogador adversário. Biro teve que ser retirado do campo de ambulância e levado diretamente ao hospital.
Em uma entrevista ao Jornal Beltrão, Biro demonstrou uma postura de esportividade, afirmando: "A gente sabe que é do jogo. Só acontece com quem está dentro de campo. Às vezes, a vontade fala mais alto. Não o culpo, acredito que foi um lance de azar, com o gramado ruim e, ainda pior, cheio d’água. Bola pra frente, que, se Deus quiser, no ano que vem estarei de volta." Sua recuperação está estimada para março de 2025.
A decisão da AESUPAR de bloquear os comentários em suas redes sociais levantou suspeitas e críticas. Comentários em postagens são uma das principais formas de engajamento nas redes sociais, e a decisão de desativá-los foi vista como uma tentativa de blindagem contra críticas referentes à polêmica rodada e possíveis erros de arbitragem. Mesmo sem um posicionamento oficial da organização sobre o bloqueio, a dedução mais plausível é que a medida foi adotada para evitar uma enxurrada de críticas públicas.
Essa ação, no entanto, traz à tona um debate mais amplo sobre a democracia e a transparência nas entidades esportivas. Em vez de silenciar as vozes críticas, permitir que as preocupações e insatisfações sejam expressas pode fortalecer a relação entre a associação e a comunidade esportiva. O diálogo aberto e a receptividade às críticas são fundamentais para manter a confiança e o apoio dos adeptos ao longo do tempo.
O episódio evidencia a importância de uma gestão esportiva transparente e participativa, onde a voz dos atletas, torcedores e demais envolvidos seja ouvida e considerada. O bloqueio dos comentários pode ter sido uma solução imediata para conter a crise, mas a longo prazo, a AESUPAR precisa reavaliar suas estratégias de comunicação e engajamento com seu público, promovendo um ambiente onde todas as opiniões sejam respeitadas e valorizadas.
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