Neste domingo, 21 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que desistiu de concorrer à reeleição e declarou seu apoio à vice-presidente Kamala Harris como líder da chapa democrata nas próximas eleições. Em um comunicado postado no X, Biden afirmou que cumprirá seu mandato até janeiro de 2025. “Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, escreveu Biden.
A decisão de Biden foi recebida com diferentes reações. Donald Trump, candidato republicano, criticou a desistência em sua conta no Truth Social, afirmando que Biden "não estava apto para concorrer à presidência". A desistência de Biden ocorre após pressões internas do partido e de parte do eleitorado democrata. A crise na campanha de Biden começou no fim de junho, quando ele teve um desempenho fraco em um debate contra Trump, levantando dúvidas sobre sua capacidade cognitiva.
Mesmo com essas dificuldades, Biden resistiu à pressão de várias formas. Ele deu entrevistas, reuniu-se com governadores democratas e negou alegações de declínio cognitivo e físico, afirmando repetidamente que não desistiria e que venceria a eleição. No entanto, nos últimos dias, os rumores de sua desistência aumentaram, especialmente após o ex-presidente Barack Obama e a ex-líder da Câmara, Nancy Pelosi, expressarem preocupações sobre as chances de Biden na eleição.
A situação se agravou quando Biden foi diagnosticado com Covid-19 em 17 de julho, forçando-o a suspender eventos de campanha e a entrar em isolamento em sua casa em Delaware. Diante da pressão, Biden tornou-se mais reflexivo sobre sua candidatura, e uma fonte informou à Reuters que a decisão de desistir foi tomada neste domingo. Muitos funcionários da Casa Branca foram pegos de surpresa com a decisão.
O Partido Democrata ainda não anunciou oficialmente quem será o novo candidato para disputar a eleição contra Trump. A desistência de Biden marca um momento crucial para os democratas, que agora precisam reorganizar sua estratégia eleitoral em um período de incerteza e intensa competição política.
Durante o debate televisionado no final de junho, a performance de Biden, que apresentou voz rouca e hesitação, foi um ponto de virada. Trump, por outro lado, manteve uma postura assertiva, sem ser corrigido por Biden. A má performance de Biden no debate e as subsequentes dúvidas sobre sua aptidão desencadearam uma crise dentro do Partido Democrata, levando à pressão pela substituição de sua candidatura.
As eleições presidenciais nos EUA estão marcadas para 5 de novembro, e a Convenção Nacional Democrata, que oficializará o candidato do partido, ocorrerá entre 19 e 22 de agosto. Este período será decisivo para o futuro do partido e para a estratégia de campanha contra o candidato republicano.
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