Em um caso chocante que abalou a cidade de Serra, no Espírito Santo, um casal foi preso sob a acusação de homicídio duplo, envolvendo a morte de uma agiota e seu filho de apenas quatro anos. O crime, motivado por uma tentativa de evitar o pagamento de um empréstimo, destaca a brutalidade e a frieza dos assassinos. A arma usada no crime seria um martelo (marreta).
As vítimas, identificadas como Priscila Santos e Ambrósio, de 32 anos, e seu filho Igor, de quatro anos, foram brutalmente assassinados após Priscila conceder um empréstimo de R$ 10 mil ao casal. Segundo as investigações policiais, os criminosos planejaram o assassinato de Priscila desde o início, com a intenção de não pagar a dívida.
O plano macabro se desdobrou quando o casal, após receber o dinheiro, decidiu que a única maneira de evitar o pagamento era eliminar Priscila. O que os criminosos não previram foi a presença do pequeno Igor na cena do crime. O menino, que conhecia os assassinos, uma vez que a mulher seria sua babá e testemunhou o ataque brutal à sua mãe, tornou-se uma testemunha indesejada. De acordo com a polícia, Igor foi morto em uma tentativa desesperada de apagar qualquer evidência do crime e silenciar uma testemunha potencial.
A descoberta dos corpos de Priscila e Igor provocou uma onda de indignação e tristeza na comunidade local. Amigos e familiares das vítimas expressaram sua dor e revolta diante da violência desmedida que resultou na perda trágica de duas vidas.
O delegado responsável pelo caso, Carlos Almeida, detalhou o modus operandi dos assassinos durante uma coletiva de imprensa. "Os criminosos agiram de maneira premeditada e fria. Eles sabiam que Priscila confiava neles e usaram essa confiança para atrair a vítima a uma situação vulnerável. Quando perceberam que Igor poderia identificá-los, não hesitaram em matá-lo também, configurando um crime de queima de arquivo," afirmou o delegado.
A prisão do casal ocorreu após um trabalho intenso de investigação, que envolveu a análise de imagens de câmeras de segurança, depoimentos de testemunhas e rastreamento de ligações telefônicas. As provas coletadas pela polícia foram suficientes para solicitar a prisão preventiva dos acusados, que agora aguardam julgamento.
Este caso trouxe à tona questões sérias sobre segurança e confiança nas relações financeiras informais, além de destacar a necessidade de mecanismos mais eficazes de proteção para prevenir tais tragédias. A comunidade de Serra está unida em sua busca por justiça para Priscila e Igor, e espera que a punição exemplar dos responsáveis possa servir de alerta para evitar futuros crimes semelhantes.
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