O Orkut, que foi uma febre nos anos 2000, voltou a ser assunto no X (antigo Twitter) essa semana, principalmente entre os brasileiros que reviveram a saudade das comunidades icônicas. Quem não se lembra da famosa "Eu Odeio Acordar Cedo", que reunia milhões de pessoas com um único objetivo: compartilhar o drama de ter que levantar da cama contra a vontade? O retorno desse papo todo foi ainda mais curioso porque, coincidentemente, o próprio criador da rede social, Orkut Buyukkokten, estava aqui no Brasil. Ele veio participar do "Rio Innovation Week" e, claro, deu umas palavrinhas sobre o que o futuro reserva pro Orkut.
Em entrevista ao g1, Orkut disse que quer trazer de volta a autenticidade das redes sociais. Falou com aquele tom nostálgico sobre como as pessoas se conectavam de verdade no Orkut, seja em comunidades de piadas, amizades, paixões ou até negócios. Ele acredita que essa energia pode ser resgatada numa nova versão da rede social. E não é só falatório: desde 2022, o site oficial do Orkut voltou ao ar com um aviso em inglês e português, sinalizando que algo novo vem por aí. E, olha só, esse anúncio rolou bem na mesma época em que Elon Musk comprou o antigo Twitter, o que deixou muita gente dividida e com saudade dos tempos mais simples do Orkut.
Orkut Buyukkokten, sem medo de dar umas alfinetadas, criticou o estado atual das redes sociais como Facebook, Instagram, TikTok e até o X. Pra ele, essas plataformas viraram um mar de negatividade, onde a busca pelo engajamento acabou pesando mais do que a segurança e o bem-estar dos usuários. Ele acredita que as redes sociais hoje são tóxicas e que a essência do que unia as pessoas, como rolava no Orkut, foi perdida. Segundo ele, no Orkut o papo era sobre coisas que as pessoas amavam. Gente conhecendo o amor da vida, amigos pra vida toda, e até empregos sendo arranjados. Isso é o que Orkut quer trazer de volta: um lugar onde as conexões são autênticas e não apenas números.
E ele tá mesmo pensando alto. Além de recrutar gente do Vale do Silício, Orkut também pretende trazer executivos de São Paulo, cidade que ele disse ter um carinho especial. A ideia é misturar a experiência do Orkut original com novas tecnologias como IA e aprendizado de máquina, pra garantir que o ambiente seja positivo e que as pessoas se conectem de verdade, não só passem horas rolando o feed sem propósito, como muitas vezes acontece hoje em dia, principalmente no TikTok. É uma visão que, pra ele, pode trazer as redes sociais de volta à sua essência: unir pessoas pelo que elas têm em comum, e não pelo que as divide.
Será que o Orkut vai conseguir ressuscitar esse espírito comunitário e criar um espaço onde as pessoas possam, novamente, encontrar seus melhores amigos ou, quem sabe, até o grande amor? Bom, com a experiência e a paixão do criador, tudo indica que ele tá determinado a tentar. E pra nós, que vivemos aquela época de ouro das redes sociais, é no mínimo empolgante pensar na possibilidade de reviver um pouco dessa nostalgia.
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