Mais bá, que furdunço. O povo da cidade tava mais ouriçado que pinto em beira de cerca, tudo por conta das investigações que a Polícia Civil vinha fazendo. Diziam que um empresário meio "esperto", que tinha uns contratos bons com o Estado pra arrumar viaturas, tava aprontando das suas.
O sujeito, que na frente dos outros se mostrava todo alinhado, prometia arrumar as viaturas da polícia como se fossem carrinho novo saído da concessionária. As investigações diziam que o homem recebia uma boa grana pra trocar peça danificada por peça nova e original, além de botar a mão na massa com aquele capricho de mestre mecânico. Só que na real, a coisa era diferente.
Descobriram que o tal "mecânico" era mais ligeiro que gato em cima de telhado quente. Ao invés de trocar peça quebrada, o esperto dava só uma mão de tinta e mandava a viatura de volta pros home da lei. As peças continuavam lá, todas remendadas, mas com um visual "novo" que enganava até os mais atentos. Agora, quando a coisa era mais séria, como as pastilhas de freio, aí não tinha jeito de só passar tinta, né? Aí ele apelava pra uma gambiarra e colocava peça de origem duvidosa, como se fosse resolver. Os motoristas das viaturas tavam na pista com freio "xexelento", dependendo da sorte pra não acabar enfiando o carro num poste.
E o boato corria solto pela cidade. O comentário foi que o tal empresário só faltava chamar o trabalho dele de "manutenção sustentável", de tanto que reutilizava as coisas. Até o Zé do bar falava que "de tanto remendar as viaturas, o homem devia tá guardando peça velha pra abrir um museu depois!"
Mas o baile não terminou bem pro sujeito. As autoridades não eram bestas, e quando começaram a farejar as falcatruas, não demoraram pra pegar no rastro. O juiz bateu o martelo e mandou suspender todos os contratos que o "pintor de peças" tinha com o Estado. Agora, o cara tava lascado, sem contrato e com uma lista de perguntas da polícia maior que o pedido de fiado do boteco do Zé.
E assim, o "mestre das tintas" vai responder na Justiça, enquanto as viaturas seguem pro conserto de verdade, torcendo pra não precisar mais daquela "pintura mágica". Porque no Paraná, quem faz coisa errada acaba pagando a conta, nem que seja depois de um escândalo desse tamanho!
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