Após o anúncio dos resultados financeiros do Nubank (ROXO34), o fundador e CEO da fintech, David Vélez, decidiu vender uma quantidade significativa de suas ações. Foram 31 milhões de ações Classe A, que representam algo em torno de 3% de sua participação no banco. A movimentação foi feita na Bolsa dos Estados Unidos, onde o Nubank tem uma presença de peso. Ao todo, Vélez ainda detém cerca de 20% do capital total da companhia, sendo que a maioria dessas ações tem direito a voto (75%).
O Nubank tratou de esclarecer rapidamente o motivo dessa venda, emitindo um comunicado que atribuiu a ação ao “planejamento patrimonial” de David Vélez. Não é a primeira vez que o CEO faz isso. No ano passado, em agosto, ele também vendeu 25 milhões de ações logo depois de o banco divulgar os resultados do segundo trimestre de 2023. Essas vendas, segundo ele e o banco, fazem parte de um movimento estratégico para organizar e diversificar o patrimônio pessoal.
Além de Vélez, outra peça-chave do Nubank também tomou decisões semelhantes. Cristina Junqueira, uma das fundadoras da fintech, já vendeu parte de suas ações, alegando motivos parecidos. No caso dela, a justificativa foi “gestão pessoal de patrimônio e liquidez”, algo que parece estar dentro de uma lógica comum para grandes executivos que buscam manter a flexibilidade financeira.
Essas vendas de ações por parte dos fundadores não causam surpresa para os especialistas do mercado, mas sempre trazem um alerta, já que investidores podem interpretá-las de formas diferentes. Enquanto alguns enxergam como uma estratégia normal de diversificação, outros podem questionar a confiança dos próprios executivos no futuro da empresa. De qualquer forma, o Nubank segue firme no mercado, sendo um dos principais representantes da nova onda de fintechs na América Latina, ainda que esses movimentos de seus líderes gerem especulação.
Mín. 18° Máx. 33°