A madrugada na Tri-Fronteira, que normalmente só ouve o barulho dos grilos e o ronco distante dos caminhões na BR-163, ganhou uma trilha sonora de sirenes e pneus cantando. Tudo começou quando o "piloto" de um GM Corsa decidiu que a noite estava muito calma para o seu gosto. Embriagado e com o sangue quente — ou melhor, com a cachaça a todo vapor nas veias, ele achou que seria uma boa ideia brincar de pega-pega com a Polícia Militar de Guarujá do Sul.
O carro, um GM Corsa que parecia já ter visto dias melhores, foi avistado pelos PMs rondando pelo centro da cidade com uma "atitude suspeita". Talvez fosse o jeito zig-zig de rodar pela rua ou a velocidade digna de quem tem mais pressa de achar um boteco aberto do que de respeitar o código de trânsito. Quando os policiais tentaram a abordagem, o motorista pisou fundo e fugiu.
A perseguição parecia cena de filme de ação, mas com ares de comédia pastelão. O Corsa, não exatamente um carro de alta performance, seguia cambaleante pela BR-163, com os policiais na bota. O motorista cruzou a cidade de Dionísio Cerqueira, passou direto e pegou o caminho a Santo Antonio do Sudoeste, e num giro dramático, decidiu que Barracão era o destino final da sua "aventura".
Já em Barracão, nosso heroi das estradas cometeu um pequeno deslize estratégico: enfiou o carro numa rua sem saída. Talvez por ter visto muitos filmes de ação, ele decidiu que era a hora de abandonar o Corsa, seu fiel escudeiro até então, e tentar a sorte correndo a pé para uma área de mata. Só que ele esqueceu de um detalhe importante: o álcool pode dar coragem, mas não aumenta a habilidade atlética. Mal começou a fuga a pé e já estava com os policiais no cangote.
Detido e identificado, o motorista teve que lidar com as consequências. O bafômetro, o grande vilão dos festeiros noturnos, não perdoou. O exame confirmou aquilo que já estava evidente pelos ziguezagues no volante: o cara estava mais bêbado que um participante na festa de fim de ano.
Como se não bastasse a embriaguez, uma rápida revista no Corsa revelou uma surpresa extra: cerca de um grama de cocaína, cuidadosamente guardada, provavelmente para dar aquele "gás" extra na fuga. Mas, no final das contas, nem o pó e nem a cachaça ajudaram muito.
A Tri-Fronteira dormiu um pouco mais agitada na noite, e o motorista imprudente acordou no xilindró, provavelmente com uma ressaca moral e física. Para ele, a lição foi clara: fugir da polícia embriagado em um Corsa não é uma boa receita. Quem sabe da próxima vez ele opte por um Uber, ou melhor ainda, por uma boa noite de sono.
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