Na tarde do último sábado (07), o Estádio Eloy Alves dos Anjos, em Santo Antônio do Sudoeste/PR, foi palco de mais um capítulo emocionante do Superclássico de Futebol Amador, conhecido como Troféu Independência. O confronto entre Brasil e Argentina, que já dura 53 anos, reúne a tradição e rivalidade entre os veteranos de Santo Antônio, que vestem as cores brasileiras, e os de San Antonio, Misiones, que representam a Argentina.
Logo aos 10 minutos do primeiro tempo, a Argentina abriu o placar. Em uma tentativa desastrada da zaga brasileira de sair jogando, Casco, esperto, antecipou o passe, correu até a linha de fundo e fez o cruzamento na medida para Ruben. O camisa 9 argentino dominou com categoria e mandou a bola no cantinho, sem chances para o goleiro Fabiano. A torcida argentina, que atravessou a fronteira para apoiar seu time, foi à loucura com o gol.
O Brasil, no entanto, não se deixou abalar. Lutando com garra, foi encontrando espaços na marcação argentina. Aos 44 minutos, em uma cobrança de falta próxima à entrada da área, Kiko, conhecido pela precisão nas bolas paradas, bateu por fora da barreira, surpreendendo o goleiro adversário e deixando tudo igual. A arquibancada brasileira explodiu em comemoração com o empate no finalzinho da primeira etapa.
No segundo tempo, o Brasil voltou mais determinado. E essa vontade de virar o jogo se concretizou aos 15 minutos. Após cobrança de escanteio de Kiko, a bola foi desviada pela defesa argentina, mas sobrou viva na pequena área. Sem pensar duas vezes, Corbari, acertou um chute forte, indefensável, virando o jogo para o Brasil. O grito de "é campeão" já começava a ecoar no estádio.
Com a vitória por 2 a 1, o Brasil finalmente pôde soltar o grito de campeão, lavando a alma após a derrota nos pênaltis, em pleno solo argentino, no dia da independência deles. Essa conquista não foi só mais uma vitória; foi uma resposta histórica à derrota anterior e um motivo de grande orgulho para Santo Antônio do Sudoeste, que continua defendendo a tradição no futebol amador.
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