O Superclássico de Futebol Amador (Troféu Independência), realizado na tarde do último sábado (07), no Estádio Eloy Alves dos Anjos, em Santo Antonio do Sudoeste/PR, foi digno de seu nome e tradição. Essa disputa entre Brasil e Argentina já dura meio século, com Santo Antonio defendendo as cores brasileiras e San Antonio, Misiones, representando os hermanos. E, como sempre, o jogo foi cheio de emoções, reviravoltas e aquele clima acirrado de rivalidade, como qualquer bom clássico deve ser.
O Brasil começou o duelo na frente, com Tuiu abrindo o placar logo aos 15 minutos do primeiro tempo. Ele cobrou uma falta com maestria, mandando a bola por cima da barreira, estufando as redes praticamente no ângulo, foi um golaço daqueles de levantar qualquer torcida. Só que a Argentina não estava para brincadeira. Aos 38 minutos, Agustin empatou o jogo, aproveitando uma bobeada da defesa brasileira, e, para piorar, Pirata virou o placar logo no minuto seguinte. A virada relâmpago deixou os brasileiros atordoados, e o primeiro tempo terminou com a Argentina em vantagem, 2 a 1.
O segundo tempo foi uma batalha. A defesa argentina se segurava firme, e o ataque brasileiro tentava de tudo, mas o tempo ia passando e o gol não saía. Até que, no apagar das luzes, quando o jogo parecia perdido, Maycon Willian apareceu como um salvador. Ele pegou a sobra de uma cobrança de falta e testou firme para empatar de cabeça, jogando a decisão para os pênaltis e incendiando o estádio.
Nas penalidades, o Brasil saiu na frente, mas logo a Argentina conseguiu virar o placar. E foi aí que Maycon Willian brilhou novamente, mas agora com a responsabilidade de manter o Brasil vivo no duelo. Com frieza, ele converteu sua cobrança. Na sequência, era a vez de Pirata tentar garantir o título para os argentinos, mas o goleiro Barros, que já vinha confiante, defendeu sua cobrança com autoridade. O estádio vibrou. Barros parecia iluminado naquele e, na última cobrança, segurou o chute de Márcio, garantindo o grito de campeão para o Brasil.
O troféu ficou em casa, e o povo brasileiro comemorou mais uma vitória épica sobre os vizinhos argentinos, mantendo viva essa rivalidade que, ano após ano, alimenta a paixão pelo futebol na região. O Superclássico, mais uma vez, fez jus à sua história.
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