A tranquilidade de uma tarde em Guarujá do Sul foi rompida pelo som das sirenes e o cheiro forte de fumaça. Lá estava o que sobrou de uma casa em chamas, com marcas de destruição que, segundo a dona, foram causadas por mãos intencionais. A mulher, ainda em estado de choque, explicava para os policiais como tudo tinha chegado àquele ponto. O incêndio não foi acidente. O fogo, dizia ela, era resultado de um sentimento ainda mais destrutivo: ‘a vingança’.
A vítima encontrou pistas, itens deixados pelo homem que ela mesma tinha combinado de devolver. A coincidência era perturbadora. Ela contou para os policiais como aquela devolução, que parecia um ato inocente, virou a peça-chave para encontrar o culpado. Bastou seguir o rastro deixado pelos objetos.
Os policiais, já com informações suficientes, partiram em diligência. O suspeito foi localizado. Ao ser abordado, ele não negou. A confissão saiu seca, direta, quase como se as chamas ainda ardessem dentro dele. "Fiz isso por causa da traição", disse ele, com uma calma assustadora, que contrastava com a gravidade do ato. “A traição da companheira, pelo visto, queimava mais que o próprio fogo que ele ateou”.
Levado para a Delegacia de Polícia Civil de São Miguel do Oeste, o homem agora teria que encarar as consequências daquilo que fez. A prisão foi imediata, mas as investigações continuam, para esclarecer os detalhes e entender o que mais estava escondido nas cinzas daquele relacionamento desfeito.
No fim das contas, o que começou como uma briga de casal virou um caso de polícia. Mais um episódio onde as emoções à flor da pele levaram alguém a cruzar a linha entre o que é certo e o que é crime. E Guarujá do Sul, uma cidade pequena e acostumada com o silêncio de suas ruas, agora carrega mais uma história de tragédia para contar.
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