Na dança das cadeiras da política brasileira, um nome sempre causa burburinho: Silas Malafaia. Conhecido por suas pregações inflamadas e por uma oratória que faz o povo acreditar que é o próprio porta-voz de Deus, ele agora se vê no meio de uma tempestade. Em uma entrevista reveladora para a Mônica Bergamo, o pastor fez declarações bombásticas sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, que deixou os internautas em polvorosa. Com ironia, muitos passaram a chamá-lo de “Malafarta”, um trocadilho que, embora leve, expressa bem a sensação de que, em algum ponto, o pastor se distanciou de sua imagem de autoridade moral.
Malafaia, que sempre foi um defensor ferrenho de Bolsonaro, agora o classifica como “covarde” e “omisso”. É como se, no calor do debate, a figura de um homem forte e destemido tivesse se transformado em um simples mortal, um choro por mais de cinco minutos por conta das prisões de amigos e seguidores se transformou em uma das maiores fraquezas da sua trajetória política. O que mais choca, talvez, seja a revelação de que o pastor não hesitou em expor a fragilidade de seu ex-correligionário. As redes sociais, como sempre, não perderam tempo, e o assunto deu pano para a manga. No entanto, pelo andar da carruagem, parece que quem vai levar mais desaforo nessa história é o próprio Malafaia.
É curioso observar que, mesmo diante de uma possível pressão popular e do desgaste que suas palavras podem trazer, o pastor parece andar tranquilão. Afinal, não ocupa cargo político e conta com um rebanho fiel que o banca em sua igreja. Enquanto isso, Bolsonaro, que vive à sombra das falas de Malafaia, pode acabar sendo jogado na cova dos leões, esperando um milagre que o salve da incerteza política. Não seria de se estranhar se Kassab, presidente nacional do PSD, estivesse esfregando as mãos em um canto qualquer, torcendo pela morte política de Bolsonaro. Para ele, a oportunidade de emplacar uma direita “limpinha” na presidência em 2026 pode ser tentadora.
Enquanto isso, as eleições em São Paulo mostraram que a política brasileira é um tabuleiro de xadrez, onde cada movimento pode ter consequências inesperadas. A presença de Pablo Marçal, que ficou de fora do segundo turno, sacudiu os bastidores, lembrando a todos que as coisas mudam rápido e que até os poderosos podem ser pegos de surpresa.
Assim, entre choro e ironias, Malafaia e Bolsonaro vivem um momento de incertezas. O que virá a seguir? Só o tempo dirá. E, como dizem por aqui, em política não existe almoço grátis. A cada passo, cada palavra tem o peso de um ministério. Vamos acompanhando essa novela e rindo um pouco das ironias que surgem no caminho.
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