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Barracão, PR
Na noite de quarta-feira, 9 de outubro, o deputado Lucas Bove resolveu se manifestar nas redes sociais após a influenciadora digital Cíntia Chagas expor seu “vício” em agressões. Em uma postagem discreta, Bove compartilhou uma passagem bíblica: “João 8:32”, acompanhada de um emoji de mãos postas. A citação, que diz “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, trouxe à tona um contexto carregado de ironia e reflexão, considerando a gravidade das denúncias contra ele.
Cíntia e Lucas Bove, que se casaram em maio de 2023, tiveram um relacionamento conturbado que chegou ao fim em agosto do mesmo ano, após uma série de episódios de agressão. Documentos revelados pelo Portal Leo Dias e o Metrópoles detalham um ciclo de violência que se intensificou rapidamente, refletindo comportamentos obsessivos do deputado desde o início do namoro, em 2022.
Uma Relação Marcada por Controle e Violência
O relato de Cíntia sobre a relação é alarmante. Desde a fase de namoro, Lucas demonstrou um controle excessivo, exigindo provas de sua localização quando ela viajava a trabalho e fazendo ameaças quando suas ordens não eram cumpridas. A influenciadora descreve um episódio em que Bove a repreendeu de forma violenta, acusando-a de “desatenção” por não enviar a localização solicitada.
O que deveria ser um relacionamento saudável transformou-se em um pesadelo. Cíntia conta que a primeira grande briga ocorreu após uma postagem publicitária, onde Lucas, descontrolado, a atacou verbalmente, chamando-a de “puta, piranha e vagabunda”. Este foi apenas o começo de um padrão de comportamento abusivo, onde a possessividade e a violência se tornaram normais.
Os detalhes do boletim de ocorrência, elaborado por Cíntia, são chocantes. As agressões físicas não eram raras; Lucas frequentemente a apertava com força, deixando marcas em seu corpo. Quando ela pedia que ele parasse, a resposta era sempre a mesma: “Estou viciado nisso”. Essa frase ecoa a tragédia da violência doméstica, onde o agressor se torna prisioneiro de suas próprias ações.
A Luta pela Libertação e Medida Protetiva
A situação culminou em um pedido de medida protetiva feito por Cíntia, que, após registrar um boletim de ocorrência, expôs a natureza tóxica de seu relacionamento. Segundo seu depoimento, Lucas era “possessivo, ciumento e controlador”, características que frequentemente se manifestavam em atos de violência física e psicológica. Em um momento de desespero, Cíntia relatou que ele arremessou uma faca contra sua perna, um ato que poderia ter resultado em ferimentos graves.
A luta de Cíntia é um lembrete contundente sobre a realidade de muitas mulheres que enfrentam relacionamentos abusivos. Sua busca por proteção e liberdade é uma batalha que merece ser reconhecida e apoiada. A medida protetiva que obteve é um passo importante, mas a jornada para a recuperação e a reconstrução da vida após a violência é longa e cheia de desafios.
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