Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, viveu uma noite de horror na terça-feira (22). Por volta das 23h, Edson Fernando Crippa, de 45 anos, protagonizou uma tragédia que tirou a vida de quatro pessoas e deixou outras 10 feridas em uma sequência de tiros que abalou a cidade.
A ação começou quando a Brigada Militar (BM) foi acionada para investigar uma denúncia de cárcere privado na casa dos pais de Edson. Ao chegar ao local, na Rua Adolfo Jaeger, bairro Ouro Branco, os policiais foram recebidos a tiros. Edson, já com histórico de violência, atirou contra os agentes e iniciou um confronto que se estendeu pela madrugada.
Entre os mortos estão Eugênio Crippa, de 74 anos, pai do atirador, e Everton Kirsch Júnior, um policial militar de apenas 31 anos, que havia se tornado pai há apenas 45 dias. A morte de Everton deixou a corporação e a comunidade local devastadas. Ele era um jovem policial, que desde 2018 servia na Brigada Militar e era conhecido pela dedicação e comprometimento.
Os feridos no ataque, que incluem seis policiais militares, um guarda municipal e membros da própria família de Edson, foram encaminhados ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo. A mãe de Edson, Cleris Crippa, de 70 anos, foi baleada três vezes e está em estado grave, assim como a cunhada Priscilla Martins, de 41 anos, que também foi atingida. Outros policiais ainda aguardam cirurgias após serem feridos, enquanto alguns foram liberados após receberem atendimentos médicos.
Durante a manhã de quarta-feira (23), a BM cercou a área e tentou negociar a rendição de Edson. A situação se mostrou delicada, com o atirador abatendo dois drones usados pela polícia para monitoramento da casa. Em uma ação de segurança, as autoridades esvaziaram as casas vizinhas para evitar mais tragédias. Quando a polícia entrou na casa o atirador já estava morto.
Esse incidente chocante levanta muitas questões sobre as motivações de Edson, que culminaram em uma tragédia tão brutal envolvendo sua própria família e forças de segurança.
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