A notícia da prisão de duas mulheres suspeitas de sequestro e tortura em Londrina mexeu com a rotina da cidade e do Paraná como um todo. O crime, cometido contra uma adolescente de apenas 16 anos, trouxe à tona questões preocupantes sobre a segurança dos jovens e o impacto das relações pessoais que se desdobram em violência.
Na sexta-feira, dia 1º, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu as duas acusadas, de 24 e 27 anos, após a expedição de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão. A delegada Kelly Brasil, que lidera o caso, revelou que o episódio macabro aconteceu em 22 de agosto, em frente à escola onde a vítima estuda. No local, ela foi abordada por quatro mulheres que, em um ataque coordenado e cruel, forçaram a adolescente a entrar em um carro vermelho. O cenário que se seguiu foi de extrema violência: a garota foi levada a um lugar desconhecido e submetida a sessões de tortura.
A motivação, segundo as investigações iniciais da PCPR, seria um ciúme desmedido de uma das agressoras, que desconfiava de um suposto flerte entre a vítima e seu marido. Essa questão, que começou como uma suspeita, resultou em atos que ultrapassaram qualquer limite de racionalidade, escancarando o quão perigosas podem ser situações alimentadas por ciúmes e mal-entendidos.
A delegada Kelly Brasil frisou que a PCPR não vai descansar enquanto todas as responsáveis não forem identificadas e punidas. “A investigação está em andamento e nossa equipe está de olho nas outras duas mulheres envolvidas”, disse ela, destacando que o caso é uma prioridade do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes) em Londrina.
O apelo da polícia para que a população colabore com informações sobre o caso reforça a importância da comunidade na solução de crimes contra menores. A delegada foi clara ao afirmar que qualquer denúncia pode ser feita com a garantia de sigilo absoluto. Esse tipo de crime, que choca pela sua brutalidade e natureza, precisa de respostas rápidas e ações eficazes para mostrar que a impunidade não tem lugar no Paraná.
As duas mulheres já estão no sistema penitenciário, onde vão aguardar as próximas etapas do processo. Enquanto isso, Londrina e o estado observam, atentos e preocupados, esperando que a justiça seja feita e que mais um caso como esse não se repita. Afinal, a proteção dos nossos jovens não é apenas dever da polícia, mas uma responsabilidade coletiva.