Em Brasilândia do Sul, no Noroeste do Paraná, a disputa eleitoral de 2024 já passou, mas as consequências ainda estão sendo sentidas. Roberto Kimio Kabayashi (PL), que se lançou candidato a prefeito, saiu derrotado nas urnas com 36,9% dos votos, mas agora enfrenta uma situação ainda mais complicada: está inelegível pelos próximos oito anos e foi condenado ao pagamento de uma multa de R$ 45 mil. Por outro lado, seu vice, Silvio Antônio Moreti, conhecido como Bia, escapou ileso da condenação, sendo absolvido por falta de provas.
A denúncia foi feita pela coligação adversária, "Brasilândia do Sul Cada Vez Mais Forte", formada pelo PSD e MDB, contra a chapa de Kabayashi, "Renovação Com Compromisso", do PP e PL. Segundo a acusação, durante uma carreata no distrito de Ercilândia, houve distribuição de cerveja patrocinada, o que configuraria abuso de poder econômico e tentativa de compra de votos.
Embora a votação tenha sido encerrada e o resultado já seja definitivo, o impacto da denúncia ecoou durante toda a campanha, prejudicando a imagem de Kabayashi. O eleitorado da cidade, que já conhecia seu histórico, ficou dividido, e as geladas podem ter sido um fator decisivo para sua derrota nas urnas. Mesmo com a alta votação, a punição é severa, e Kabayashi ficará fora do cenário eleitoral por um longo período, impedido de tentar novamente um cargo público até 2032.
Silvio Moreti, o Bia, teve um desfecho diferente. Absolvido pela justiça eleitoral, conseguiu se desvencilhar das acusações ao alegar que não participou diretamente da organização da carreata e que não tinha controle sobre a distribuição de bebidas. A decisão foi vista como justa por seus apoiadores, mas não impediu a derrota nas urnas.
O resultado final das eleições de Brasilândia do Sul mostrou que a população preferiu seguir outro caminho, optando pela chapa adversária. A denúncia de abuso de poder econômico acabou sendo uma pedra no caminho de Kabayashi, e a punição imposta pela justiça eleitoral é um alerta para todos os futuros candidatos: o uso de práticas ilegais na campanha pode ter consequências sérias, tanto na justiça quanto nas urnas.