Em uma operação conjunta que combinou a expertise do Exército Brasileiro e a ação estratégica da Polícia Militar do Paraná, a recuperação das pistolas Beretta calibre 9mm furtadas do 33º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BI Mec), em Cascavel, foi concluída com sucesso na noite de quarta-feira (20). As últimas quatro armas foram localizadas em uma área desabitada da zona rural de Santo Antonio do Sudoeste, encerrando dias de intensas buscas e um clima de tensão na região.
O desaparecimento das nove pistolas, identificado no domingo (17), mobilizou 1.600 militares e agentes de segurança como parte da Operação Ágata. A operação já vinha reforçando o patrulhamento no sudoeste paranaense, uma região estratégica devido à sua proximidade com a fronteira. A mobilização também contou com o apoio da inteligência e denúncias anônimas, que foram fundamentais para as apreensões.
Na primeira etapa da operação, em Espigão Alto do Iguaçu, cinco pistolas e munições calibres 9mm e 12 foram encontradas. Durante a abordagem a uma residência, os policiais localizaram o armamento escondido. Um dos moradores foi preso após confessar que as armas haviam sido deixadas por um amigo, aumentando a expectativa de novas descobertas.
Outro marco na busca foi a localização de uma pistola às margens da PR-484, em Três Barras do Paraná, indicando que os criminosos estavam tentando se desfazer do material em pontos dispersos, talvez na esperança de dificultar o rastreamento pelas forças de segurança.
O Exército, representado pela 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, emitiu uma nota classificando o episódio como grave, reforçando o compromisso com a segurança pública e a integridade do armamento sob sua custódia. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado e segue em andamento para identificar os envolvidos no furto, que poderão ser responsabilizados tanto na esfera militar quanto na justiça comum.
Esse episódio acendeu alertas sobre a vulnerabilidade na segurança de unidades militares e trouxe à tona a eficiência da cooperação entre diferentes forças de segurança. A recuperação total das armas traz alívio para a população, mas também deixa claro que a vigilância na região de fronteira precisa ser constante.
O desfecho bem-sucedido, marcado pela mobilização de recursos e inteligência, reforça a importância da integração entre as forças de segurança e a sociedade. Sem as denúncias anônimas que direcionaram as investigações, a recuperação poderia ter demorado ainda mais, aumentando os riscos de que essas armas fossem utilizadas em crimes graves.
Enquanto o inquérito avança, as atenções voltam-se à necessidade de evitar novas ocorrências como essa, com protocolos mais rigorosos e o fortalecimento de medidas preventivas dentro dos batalhões e nas áreas de fronteira.