O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu nesta quinta-feira (21) mandados de prisão internacionais contra figuras-chave da atual guerra envolvendo Israel e o Hamas, incluindo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant. Os mandados foram emitidos por crimes de guerra e contra a humanidade, especificamente por ataques deliberados a civis e o uso de métodos de guerra, como a indução à fome. Além disso, Mohammed Deif, líder do Hamas, também teve um mandado de prisão emitido, embora o grupo palestino ainda não tenha confirmado sua morte.
O TPI, responsável por julgar os crimes mais graves do direito internacional, tem sua jurisdição reconhecida por 124 países signatários do Estatuto de Roma. Entretanto, países como Estados Unidos, Rússia e China não fazem parte deste acordo, o que complica a execução de suas ordens. O governo de Israel, por sua vez, criticou veementemente a decisão, chamando o tribunal de "antissemita" e rejeitando as acusações.
O pedido de prisão foi inicialmente feito em maio, mas o tribunal só emitiu os mandados após a análise de evidências suficientes para incriminar os líderes israelenses e do Hamas. Para Netanyahu e Gallant, o TPI identificou responsabilidades por crimes como assassinato e perseguição, enquanto Deif foi acusado de atos ainda mais graves, como tortura e estupro.
Repercussões imediatas incluem uma declaração da Holanda, que afirmou que acatará a ordem e prenderá Netanyahu caso ele entre em seu território. O cenário é tenso, com críticas de ambos os lados, mas o TPI segue firme em sua missão de aplicar o direito internacional, mesmo sem força policial própria para garantir a prisão dos condenados. A situação destaca a complexidade e os desafios da justiça internacional em cenários de guerra, com diversas implicações políticas e diplomáticas.