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“Síria em Chamas: Rebeldes Fecham o Cerco e Ditadura de Assad Balança”

A ofensiva relâmpago reacende uma guerra que parecia esquecida. O fim do regime está próximo?

07/12/2024 às 19h27 Atualizada em 07/12/2024 às 19h34
Por: Redação Fonte: G1/PAN/Marcos Prudente
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Rebeldes comemoram tomada de aeroporto militar na cidade de Hama, na Síria — Foto: Mahmoud Hasano/REUTERS
Rebeldes comemoram tomada de aeroporto militar na cidade de Hama, na Síria — Foto: Mahmoud Hasano/REUTERS

A guerra na Síria, que parecia ter dado uma trégua nos últimos anos, voltou a pegar fogo com uma ofensiva de arrepiar. Neste sábado (7), forças rebeldes lideradas pelo grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham (HTS) tomaram de assalto mais duas cidades estratégicas: Quneitra, ali coladinha com Israel, e Sanamayn, que fica a um pulo da entrada sul de Damasco. É como se um cerco estivesse se fechando ao redor do ditador Bashar al-Assad, que já está há 24 anos no poder.

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Os rebeldes não estão para brincadeira. Eles invadiram Homs, a terceira maior cidade síria, um ponto-chave que conecta a capital Damasco às bases militares russas na costa mediterrânea. O pessoal do regime de Assad bateu em retirada, abandonando até o quartel central da cidade. E, olha, centenas de presos escaparam do presídio tomado pelos rebeldes.

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Um Cerco que Abala o Regime

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Por Damasco, a tensão está no ar. Os relatos indicam que a cidade está reforçada com tudo que o governo pode usar: tanques, barreiras, soldados. Mesmo assim, a população está desesperada. Mercado lotado, prateleiras vazias e um medo danado do que vem por aí. O ministro do Interior sírio, Mohamed al Rahmun, jura que o cerco à capital é forte e que não vão deixar os rebeldes entrarem. Mas a verdade é que a coisa tá feia.

Para complicar, o governo sírio perdeu boa parte dos seus aliados de peso. A Rússia está atolada até o pescoço na guerra contra a Ucrânia, o Irã está de cabeça quente com Israel, e o Hezbollah, que sempre deu suporte, está com os olhos em outros conflitos. Esse vácuo abriu uma brecha que os rebeldes aproveitaram para avançar como um rolo compressor.

A Revolta de Longa Data

Desde 2011, quando o povo sírio se inspirou na Primavera Árabe e saiu às ruas pedindo democracia e o fim da corrupção, Assad mostrou que não largaria o osso fácil. Respondeu com bala, tanque e prisão. A repressão brutal fez com que parte do exército desertasse e se juntasse aos rebeldes. No meio disso tudo, grupos extremistas como o HTS — herdeiro direto da Al Qaeda — também entraram na dança.

De lá para cá, a guerra já matou 500 mil pessoas, sendo 200 mil civis. É como se uma cidade inteira tivesse desaparecido.

O Tabuleiro do Oriente Médio em Chamas

Enquanto os rebeldes fecham o cerco em Damasco, o resto do Oriente Médio assiste com nervos à flor da pele. Se Assad cair, a coisa pode desandar de vez. Com tantos grupos extremistas à solta, um vácuo de poder pode jogar a Síria num caos ainda maior, afetando Israel, Irã, Hezbollah e até os curdos no norte do país, que têm o apoio dos Estados Unidos e da Turquia.

As negociações estão emperradas. Rússia, Turquia e Irã até tentam sugerir um diálogo entre o governo e a oposição, mas sem incluir os extremistas. O chanceler russo, Sergei Lavrov, já avisou: “Deixar terroristas tomarem o controle não dá”. Por outro lado, Abu Mohammed al-Golani, líder do HTS, não quer saber de conversa. Ele promete derrubar Assad e diz que as tropas do regime estão no bagaço.

Um Fim Incerto

Ninguém sabe como isso vai acabar. A única certeza é que o povo sírio é quem mais paga o pato. Entre tiros, bombas e fugas desesperadas, a vida normal virou um sonho distante. Enquanto o mundo se preocupa com outras guerras, a Síria arde, e as peças desse tabuleiro sangrento continuam a se mover, sem sinal de paz à vista.

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