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Barracão, PR
A decoração natalina de Balneário Camboriú, cidade turística no litoral catarinense, virou o assunto do momento e não foi por causa das luzes cintilantes ou dos clássicos jingles. O problema? Os papais noéis que, neste ano, trocaram o tradicional vermelho por trajes dourados com detalhes verdes. A mudança até parece algo inofensivo, mas mexeu com os brios da oposição e da internet, que enxergaram nessa “repaginada” do bom velhinho uma mensagem política.
Natal ou “Patriotada”?
O prefeito Fabrício Oliveira, do PL, garante que a escolha das cores não tem nada a ver com política. Segundo ele, a ideia era transmitir “prosperidade e exclusividade”. Porém, em uma cidade conhecida por seu eleitorado bolsonarista, a troca do vermelho por tons que lembram o verde e amarelo levantou suspeitas. Para a oposição, isso foi uma tentativa clara de marcar território ideológico depois de perder a prefeitura para o PSD.
E aí, a internet não perdoou: os bonecos ganharam o apelido de “Papai Noel patriota”. Alguns até brincaram que o bom velhinho estava pronto para um desfile de 7 de Setembro em vez da entrega de presentes na noite de Natal. Já o vereador petista Eduardo Zanatta foi mais direto, dizendo que “nem a tradição do Natal respeitam” e que a cidade está focada em disputas políticas ao invés de promover o turismo com seriedade.
R$ 89,5 mil de Polêmica
Para apimentar a discussão, veio à tona o custo da brincadeira: R$ 89,5 mil pagos por 11 papais noéis de fibra de vidro. A vencedora da licitação, uma empresa de Joinville, teve que pintar nove deles em dourado com branco ou bordô, e outros dois em verde ou bordô. Mesmo com essa explicação técnica, a oposição segue firme em busca de respostas. Querem saber: como que essa nova “roupagem” ajuda o turismo local?
O Contexto Bolsonarista de BC
A verdade é que Balneário Camboriú tem se tornado um reduto da direita no país. Em julho, a cidade sediou o CPAC Brasil, uma cúpula que reuniu nomes da direita, como Eduardo Bolsonaro. Além disso, Jair Renan Bolsonaro, o “filho 04”, foi eleito vereador com 3.033 votos. Na última eleição presidencial, Bolsonaro levou 74,6% dos votos válidos no município.
Com esse pano de fundo, qualquer mudança de cor vira munição política. Para a esquerda, o dourado e verde não são meras escolhas decorativas, mas uma “cortina de fumaça” para dividir a cidade e distrair dos problemas reais.
E o Espírito Natalino?
Enquanto políticos trocam farpas, a população se divide. Uns acham que isso tudo não passa de “mimimi” e que a cor da roupa do Papai Noel não muda em nada o Natal. Outros defendem que tradição é tradição e que o bom velhinho de vermelho é um símbolo cultural que não devia ser mexido. No meio dessa discussão, fica a dúvida: será que o Natal em BC é sobre união e magia ou virou só mais uma disputa de cores e ideologias? E você, o que acha? O dourado brilhou ou ofuscou a tradição natalina?
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