Foi daqueles jogos pra fazer o coração bater no ritmo da bola e os nervos ficarem à flor da pele. Um roteiro digno de final de filme — e de final de Liga Nacional de Futsal. Depois de 14 anos de espera, o Jaraguá voltou a soltar o grito de campeão! A torcida que cruzou os mais de 500 quilômetros até Carlos Barbosa pôde testemunhar uma vitória que veio no sofrimento dos pênaltis. Um 6 a 5 cheio de drama, suor e raça, depois do empate por 2 a 2 no tempo normal e 1 a 1 na prorrogação contra o Praia Clube.
A LNF não via algo assim desde 2010, quando o Jaraguá levantou a taça pela última vez. Agora, somando os títulos de 2005, 2007, 2008 e 2010, os catarinenses cravam o pentacampeonato, igualando o feito da poderosa ACBF.
O jogo: emoção do início ao fim
No primeiro tempo, o bicho pegou! O Praia Clube veio com tudo, forçando a defesa catarinense a trabalhar dobrado. Gilvan, o artilheiro do campeonato, parecia impossível de segurar. Tentou uma, Nicolas pegou. Tentou outra, na trave. Na terceira, não teve jeito. Com um toque de calcanhar maroto, Gilvan fez 1 a 0 e balançou o ginásio. Mas o Jaraguá não estava ali pra passeio. Quando tudo indicava que o intervalo seria de desvantagem, veio a reação. Após cobrança de escanteio, Wolverine defendeu, mas Bruninho apareceu no rebote pra empatar: 1 a 1. E a torcida voltou a acreditar.
Na segunda etapa, o nervosismo deu as caras. O jogo ficou mais estudado, com todo mundo com medo de errar. Mas depois o pessoal resolveu botar o coração na ponta do tênis. Foi numa bola parada que Pedrinho bateu cruzado e virou o placar para o Jaraguá. A galera explodiu em festa, mas durou pouco. Claudinho mandou um chutaço e deixou tudo igual: 2 a 2. Nos minutos finais, Wolverine fez duas defesas que garantiram a prorrogação, com o Praia Clube já no limite das cinco faltas.
Prorrogação e pênaltis: pura tensão
Se os 40 minutos foram de arrepiar, a prorrogação não ficou atrás. Bruninho, numa jogadaça de Marcênio, colocou o Jaraguá na frente de novo. Só que a vitória parecia impossível de vir fácil. Restando apenas 23 segundos, Cabreúva fez um golaço daqueles e caiu em quadra, sentindo dores, mas comemorando: 3 a 3.
Aí vieram os pênaltis. O ginásio virou um caldeirão de tensão. Cada cobrança era um teste pra cardíaco. Neném, Eka, Bruninho, Marcênio e Pedrinho converteram pro Jaraguá. Do lado do Praia, Claudinho, Rudi, Igor, Torres e Gilvan não erraram também. Quando Yan marcou o sexto do Jaraguá, Rabisco teve a responsabilidade de manter o Praia na disputa. Mas Nicolas, o paredão catarinense, fez a defesa da noite e levou o Jaraguá de volta ao topo do futsal brasileiro.
Campanha memorável e futuro promissor
Esse título coroa uma jornada espetacular. Enfrentando gigantes como Corinthians, ACBF e Pato nos playoffs, o Jaraguá mostrou que tradição e raça fazem a diferença. Nicolas, Pedrinho e Bruninho foram premiados na Seleção da LNF, dando ainda mais brilho à conquista.
Agora, com a 30ª edição da Liga chegando em 2025, o Jaraguá será o time a ser batido. Que venham mais emoções, porque se depender desse time e dessa torcida, o futsal brasileiro está muito bem servido.
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