A cidade de Dionísio Cerqueira/SC amanheceu chocada na manhã de ontem (16), com uma cena lamentável que acabou virando notícia na fronteira toda. Um médico foi violentamente agredido quando chegava para mais um dia de trabalho no Posto de Saúde do Centro. O ataque, que resultou em uma fratura no nariz do profissional, também veio acompanhado de ameaças verbais. O motivo? Ciúmes de um homem que não aceitou o fim do relacionamento com a ex-companheira, uma enfermeira que trabalha junto com o médico agredido.
O agressor, tomado por um ciúme cego e fora de controle, acreditava que o médico e sua ex estariam tendo um caso. Essa suspeita, pelo jeito, fez com que ele perdesse totalmente a cabeça, partindo para a violência sem pensar nas consequências.
Pedido de exoneração e impacto na saúde pública
Após o ataque, o médico não viu outra saída senão pedir exoneração do cargo. Alegou estar emocionalmente abalado e sem condições de seguir atendendo. Com o fim do ano batendo à porta e os plantões já todos organizados, a Secretaria Municipal de Saúde agora precisa se virar nos trinta para reorganizar a agenda. Quem explicou o pepino foi o próprio secretário de saúde, Deniz da Rocha, em uma entrevista para a Rádio Fronteira.
O secretário deixou claro que o planejamento estava redondinho, mas agora vão ter que remanejar os atendimentos para não deixar a população na mão. Já estavam contando com o médico para fechar o ano e garantir que tudo corresse bem na virada de 2023 para 2024. Com essa baixa inesperada, o cenário virou um verdadeiro quebra-cabeça.
Remanejamento e pressão sobre a equipe
Deniz explicou que a equipe já está no limite e que vai ser difícil suprir a ausência de mais um profissional, ainda mais no período de festas, quando geralmente a procura por atendimento aumenta. O secretário pediu paciência e compreensão da comunidade, enquanto tentam dar um jeito na situação. “Vamos ter que nos adaptar, mas ninguém vai ficar sem atendimento”, garantiu ele, mostrando confiança na equipe.
Um episódio lamentável e preocupante
A agressão não só gerou transtornos no setor da saúde, mas também acendeu um alerta sobre a segurança dos profissionais que trabalham nos postos. É inadmissível que um médico ou qualquer outro servidor público tenha que lidar com esse tipo de situação. Além do dano físico, que já foi grave, há o impacto emocional. A pressão e o medo são algo que ninguém deveria enfrentar no ambiente de trabalho.
Enquanto a cidade ainda comenta o caso, a polícia segue investigando o agressor, que poderá responder por lesão corporal e ameaça. Já para a população de Dionísio Cerqueira, resta torcer para que a Secretaria de Saúde consiga contornar o problema e manter os serviços funcionando, porque a saúde não pode parar.
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