Dia 26, quinta-feira, logo cedo, lá no bairro Pioneiro, em Pinhalzinho, teve um daqueles causos que fazem a gente questionar a lógica do universo e, por que não, do sistema de segurança pública. No pátio de apreensões, onde motos apreendidas aguardam seu destino (geralmente nada glorioso), rolou uma situação que fez todo mundo dar aquela risadinha nervosa de incredulidade.
Tudo começou com um dono de moto querendo uma foto pra recordar (ou talvez pra vender a história no OLX com o clássico "vendo moto, retirada no pátio por conta do comprador"). Só que ele notou uma ausência misteriosa: sua moto, outrora estacionada na ala VIP dos recolhimentos, havia sumido. Chamaram a Polícia Militar, e o mistério começou a ser desvendado.
Revisando as câmeras, veio a surpresa: lá pelas 2h30 da madrugada, três figuras “esquisitas” arrombaram o portão e, sem cerimônia, levaram uma das motocicletas. Até aí, o enredo parecia básico: roubo noturno, galera mascarada, fim. Só que o sul também é terra de enredo rebuscado.
Um dos ladrões, identificado pela guarnição, era ninguém mais, ninguém menos que o próprio dono da moto furtada. Isso mesmo, o cara não quis esperar pela burocracia e decidiu aplicar o golpe do “pego o que já é meu”. O rapaz de 28 anos, indignado com o guincho, resolveu resolver o problema no modo "faça você mesmo".
A polícia foi até a casa do malandro, mas, claro, ele já tinha se evadido. Provavelmente, tava por aí rodando com a moto numa trilha de chão batido ou escondendo a bichinha em algum matagal estratégico.
Agora, o caso segue em investigação, e Pinhalzinho virou palco de um clássico da crônica policial cômica: ladrão de si mesmo, numa terra onde a criatividade é a única coisa que nunca é apreendida.
Moral da história? No Oeste catarinense, nem o pátio de apreensões é seguro… nem mesmo da teimosia de seus próprios clientes.
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