O caso que abalou a cidade de Cascavel, no Oeste do Paraná, envolvendo a morte de uma menina de apenas três anos, segue sendo um exemplo de tragédia e crueldade, agora com desdobramentos jurídicos graves. O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou a madrasta da criança por homicídio qualificado, após ela ser acusada de causar a morte da menina de forma cruel e premeditada. O crime ocorreu em 7 de maio de 2022, quando a vítima foi deixada pela madrasta em frente a uma máquina de lavar roupas cheia de água, com brinquedos ao seu redor, e acabou afogando-se.
De acordo com a denúncia formalizada pelo MPPR, a madrasta sabia do risco que sua atitude representava, mas ainda assim permitiu que a criança brincasse sozinha e vulnerável ao lado da máquina. A vítima foi encontrada afogada, com a causa da morte sendo identificada como asfixia mecânica interna. O laudo pericial confirma que a menina morreu após cair na máquina e ser submersa na água, em um momento em que estava sem a supervisão da responsável.
A denúncia também aponta que o crime teria sido motivado por ciúmes e um sentimento de posse da madrasta, que via a presença da criança como um obstáculo para sua relação com o pai da menina. Ela acreditava que a proximidade do companheiro com a ex-esposa, mãe da criança, estava prejudicando o relacionamento. Com isso, a madrasta agiu de forma cruel, com plena consciência do risco que causaria à criança, e assumiu o risco de seu afogamento.
No âmbito jurídico, o caso tem sérias implicações, incluindo qualificadoras como motivo torpe, o emprego de asfixia e o contexto de violência doméstica e familiar. A denúncia foi recebida pela Justiça na última semana e tramita na 1ª Vara Criminal de Cascavel, onde serão definidos os próximos passos desse processo, com a sociedade local acompanhando o desenrolar do caso, esperando que justiça seja feita para a pequena vítima.
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