Marina Colasanti, a escritora que encantou gerações com suas palavras e sensibilidade, faleceu aos 87 anos nesta terça-feira, 28 de janeiro, no Rio de Janeiro. A notícia foi confirmada pelo Parque Lage, na Zona Sul, onde o corpo da autora será velado em uma cerimônia marcada para esta quarta-feira, 29. O cenário escolhido para sua despedida não poderia ser mais simbólico, pois Marina, além de escritora, também foi jornalista, tradutora e, por um período, moradora do Parque Lage, um dos espaços culturais mais emblemáticos da cidade carioca.
Nascida em 1939, Marina Colasanti construiu uma carreira literária que transbordou criatividade e profundidade. Com mais de 70 obras publicadas, ela cativou tanto o público infantil quanto o adulto. Seu talento e originalidade a tornaram uma das escritoras mais respeitadas do Brasil, e, em 2023, foi laureada com o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras. Essa conquista, que a colocou como a 10ª mulher a receber a honraria, foi o reconhecimento de uma trajetória brilhante que enriqueceu a literatura nacional.
O impacto de Marina na literatura foi imediato e duradouro. Livros como "Eu Sei, Mas Não Devia" (1996), "A Moça Tecelã" (1976), "Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento" (1978), "Ana Z. Aonde Vai Você?" (1994) e "Uma Ideia Toda Azul" (1979) estão entre os marcos de sua carreira. Cada um de seus escritos trouxe à tona uma mescla de fantasia, reflexão e humanidade, conquistando um espaço único na cultura literária brasileira.
A morte de Marina Colasanti é uma grande perda para o mundo das letras, mas seu legado literário permanecerá vivo. Luiz Alves Júnior, fundador da Global Editora, responsável por diversas publicações da escritora, fez questão de lamentar o ocorrido, destacando a autora como uma amiga querida e uma das maiores vozes da literatura brasileira. “Hoje, o mundo da literatura perde uma de suas maiores vozes, mas seu trabalho seguirá eterno”, afirmou, reforçando a imortalidade da obra de Marina.
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