A recente escalada de violência na República Democrática do Congo trouxe uma nova preocupação para o Brasil. A embaixada brasileira em Kinshasa foi alvo de ataques nesta terça-feira (28), conforme comunicado oficial do Ministério de Relações Exteriores. Felizmente, nenhum funcionário foi ferido, mas o episódio escancara a instabilidade crescente no país africano.
A crise no Congo não é de hoje. Há mais de 30 anos, o país vive sob o peso de conflitos armados, herança de um passado turbulento marcado pelo genocídio de Ruanda e pela disputa incessante pelos vastos recursos minerais da região. O grupo rebelde M23, que já vinha avançando nos últimos meses, conseguiu tomar o controle do aeroporto de Goma e capturou a maior cidade do país. O cenário que se seguiu foi de puro terror: corpos espalhados pelas ruas e uma população acuada pela violência.
O Brasil, que mantém relações diplomáticas com o Congo, não ficou imune ao caos instalado. Durante os ataques na capital Kinshasa, manifestantes retiraram a bandeira da embaixada brasileira e a levaram, num gesto simbólico que reforça o clima de hostilidade e descontrole. O Itamaraty manifestou preocupação com os eventos e cobrou do governo congolês medidas para conter a situação.
O comunicado oficial do ministério reforça a confiança do Brasil nas autoridades locais, mas a realidade no Congo mostra que o governo enfrenta dificuldades para controlar a violência. O avanço do M23 não só desestabiliza o país como também coloca em risco a presença diplomática de diversas nações, incluindo o Brasil.
A situação exige um olhar atento da comunidade internacional. Enquanto isso, o Brasil segue acompanhando os desdobramentos e avaliando os riscos para seus representantes no país africano. No meio desse caos, fica o alerta: a instabilidade no Congo pode ter desdobramentos imprevisíveis, e a segurança de estrangeiros por lá está longe de ser garantida.
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