Já se passaram sete dias da grande conquista, mas a festa ainda ecoa no Bairro Alvorada. O Esporte Clube Alvorada, agora tetracampeão do Campeonato Municipal de Futebol de Barracão/PR (Barraconense 2024), segue ostentando com orgulho os troféus de campeão do Torneio Início e do Principal. Os canecos, reluzentes, seguem firmes na área de lazer do dirigente e jogador Lucas Bortoli, ao lado da bandeira do clube, de frente com a rua, como verdadeiros símbolos de um feito que entrou para a história do futebol barraconense.
A trajetória do Alvorada até o topo, apesar de invicta, mas não foi fácil, porém foi marcada por raça, organização e, claro, aquele futebol aguerrido que só quem joga na várzea conhece. Entre os personagens dessa conquista, Bortoli se destaca. Um jogador do futebol raiz, daqueles que poderiam muito bem estar brilhando em qualquer equipe de alto nível da várzea. No entanto, os joelhos castigados e as cirurgias acabaram encurtando sua carreira como jogador diferenciado dentro das quatro linhas. Mas quem disse que isso foi um obstáculo? Pelo contrário! Apaixonado pelo esporte e, principalmente, pelo Bairro Alvorada, ele encontrou outras formas de contribuir.
Dentro de campo, apesar de balançar as redes no campeonato, suas atuações foram limitadas, mas fora dele, comandou a logística do time com maestria. Foi o cara da organização, aquele que garantiu que tudo estivesse nos trinques, desde os uniformes bem cuidados até a mobilização da torcida. Enquanto a bola rolava, Bortoli também dava seus pitacos, incentivava, organizava e, quando precisava, metia a mão na massa. Como se diz na várzea, ‘jogou de terno fora de campo.’
A comemoração do tricampeonato se estendeu para além dos 90 minutos finais. A torcida, que sempre esteve presente, ainda sente o gostinho da conquista. No Bairro Alvorada, não se fala de outra coisa entre os boleiros. Cada churrasco, cada roda de conversa, tem sempre alguém relembrando um lance, um gol decisivo ou aquela defesa salvadora que fez a diferença. E os troféus? Esses continuam lá, reluzindo ao lado da bandeira do clube, como um lembrete de que o futebol, mesmo na várzea, é feito de paixão, dedicação e muita história para contar.
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