No último domingo (09), o estádio estava a pleno vapor, com torcedores animados e uma atmosfera que só uma final de campeonato regional é capaz de proporcionar. A decisão do Regional Brio Limp Casa do Veneno ADM SAS de Futebol, no Estádio Eloy Alves dos Anjos, em Sato Antonio do Sudoeste, entre Panter Palmeiras do Verde e Marcianópolis prometia ser um espetáculo à parte, não só pela qualidade dos times em campo, mas também pela escolha da comissão organizadora, coordenada por Nelson Pagno (Bugrão) em escalar um árbitro de renome no cenário do futebol paranaense: Robson Babinski, da CBF. A arbitragem, completada pelos auxiliares Mateus e Bruno, foi um dos pontos altos da partida, garantindo um jogo fluido e dentro dos padrões de uma grande decisão.
Babinski, conhecido por suas atuações em jogos de peso no futebol amador e em competições como a Série A do Campeonato Paranaense, além de ter experiência como quarto árbitro na Série A do Brasileirão, trouxe para a final aquele toque de profissionalismo que a comissão organizadora buscava. O objetivo era claro: valorizar a decisão do campeonato regional, dando a ela o mesmo tratamento que se daria a uma final de divisões superiores. E, de fato, o árbitro mostrou que estava à altura do desafio.
Desde o apito inicial, Babinski deixou claro seus critérios. Com uma postura firme, mas sem exageros, ele conduziu o jogo com maestria, aplicando cartões amarelos apenas quando necessário, principalmente para jogadores que se exaltavam nas reclamações. Uma das marcas de sua atuação foi a capacidade de "deixar o jogo seguir", algo que nem sempre é comum no futebol amador, onde muitas vezes lances que poderiam ser resolvidos com o jogo em andamento são interrompidos sem necessidade. Os jogadores, rapidamente, entenderam os critérios do árbitro e o jogo fluiu de maneira impressionante, com boas jogadas e um ritmo intenso.
No entanto, como toda final que se preze, o clima esquentou nos momentos decisivos. Na reta final do confronto, com o placar ainda apertado, Babinski teve que intervir em um lance que mudou um pouco o rumo da partida. Tita, um dos jogadores em campo, após ser driblado de forma categórica, segurou o adversário pela camisa, impedindo uma jogada perigosa. O árbitro, sem hesitar, mostrou o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho. A expulsão gerou um pequeno rebuliço, aquele clássico "vuco-vuco" que todo mundo já conhece, com jogadores se aproximando exaltados, reclamações aqui e ali, e a turma do "deixa disso" entrando em ação rapidamente. A equipe de segurança e a polícia, presentes no local, ocuparam os espaços de forma eficiente, garantindo que a situação não saísse do controle.
Após alguns minutos de resenha entre jogadores e arbitragem, o jogo foi reiniciado e, para surpresa de muitos, terminou de forma pacífica. Ao apito final, tanto os jogadores campeões quanto os vice-campeões cumprimentaram a arbitragem, reconhecendo o bom trabalho de Babinski e sua equipe. Os jogadores deixaram o campo de cabeça erguida, cada um com sua história, mas todos com o respeito que uma final merece.
No fim das contas, a partida foi um verdadeiro exemplo de como uma boa arbitragem pode contribuir para o espetáculo do futebol. Robson Babinski, com sua experiência e pulso firme, mostrou que mesmo em um campeonato regional raiz, é possível ter um jogo de alto nível, com respeito às regras e aos envolvidos. A comissão organizadora acertou em cheio ao escolhê-lo para comandar a final, e o público presente pôde desfrutar de um jogo que, com certeza, ficará na memória de todos como uma grande decisão. Coisa de jogo de final, como se diz por aqui.
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