Nesta quinta-feira, dia 27 de fevereiro de 2025, o clima no mercado financeiro brasileiro ta mais seco que o churrasco sem cerveja. As ações da Petrobras, aquela gigante estatal que todo o mundo conhece, despencaram feio na bolsa de valores, a B3. Os papeis, que são negociados sob os códigos PETR3 (os ordinários, que dão direito a voto nas assembleias) e PETR4 (os preferenciais, que são a maioria), viram um baita tombo. No início da tarde, as ordinárias já tinham caído mais de 8%, enquanto as preferenciais estavam recuando 5,56%. É o tipo de notícia que deixa o investidor coçando a cabeça e o coração apertado.
O motivo do perrengue? A Petrobras soltou o balanço líquido do ano passado, 2024, e o lucro veio magrinho: R$ 36,6 bilhões. Parece muito, né? Mas, em comparação com os R$ 124,6 bilhões de 2023 – o segundo maior lucro da história da empresa –, a coisa desandou bonito, com uma queda de 70,6%. Dá pra imaginar o susto de quem acompanha o pregão e viu os números pintarem na tela. A estatal jogou a culpa no câmbio, dizendo que o real perdeu força frente ao dólar, além de uns “eventos exclusivos” que mexeram no resultado, mas que, segundo eles, não afetaram tanto o caixa. Traduzindo: a coisa é mais contábil do que dinheiro saindo do bolso de verdade.
Quem ajudou a explicar o rolo foi Fernando Melgarejo, diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras. Ele disse que esses “eventos” são operações internacionais, tipo um pingue-pongue financeiro entre empresas do mesmo grupo. Num lado, entra receita em dólar; no outro, sai despesa em real. Quando o dólar sobe, o balanço sente o tranco, mas, na prática, o efeito é temporário. Segundo ele, se não fosse esse vai e vem contábil, o lucro teria batido os R$ 103 bilhões – bem mais parrudo, né? É como se a Petrobras tivesse feito um gol contra, mas ainda tivesse fôlego para virar o jogo econômico.
Enquanto as ações iam lá, descendo a ladeira, a empresa também trouxe uma notícia que pode entusiasmar os ânimos dos acionistas. Ontem, dia 26, o conselho de administração deu o aval pra propor, numa assembleia marcada pra 16 de abril, a distribuição de R$ 9,1 bilhões em dividendos. Se o pessoal aprovar, o pagamento total em 2024 chegará a R$ 75,8 bilhões, somando dividendos, juros sobre capital próprio e até umas recompensas de ações que estavam no pacote. O pagamento vem em duas parcelas: uma em maio e outra em junho, cada uma com R$ 0,35477261 por ação, seja ordinária ou preferencial. É um dinheirinho pingando na conta que pode dar um alívio pra quem vê o gráfico vermelho.
Mín. 9° Máx. 21°