“Inteligência Artística: O Segredo do Tera Que a IA Não Explica”

Quando José Carlos Pavone, o cara do design da Volkswagen na América do Sul, subiu ao palco da Sapucaí durante o Carnaval carioca de 2025, ele não trouxe só um carro novo pra mostrar. Trouxe uma ideia, uma provocação daquelas que fazem a gente parar pra pensar: “inteligência artística”. O Tera, esse SUV novinho que a Volks lançou pro mundo, não é só mais um modelo na linha de produção. É uma baita aposta num jeito diferente de criar, num tempo em que a inteligência artificial tá em tudo quanto é canto, desenhando desde logos até prédios inteiros. Mas Pavone, com mais de 20 anos de estrada na Volks, deu um recado claro: pra fazer um carro de verdade, não basta tecnologia. Tem que ter história, tem que ter alma.

E que história é essa que o Tera quer contar? Segundo o próprio Pavone, não é só questão de caprichar no design, deixar o banco confortável, garantir segurança ou acertar na beleza – embora tudo isso esteja lá, bem feitinho. O pulo do gato é criar algo que fale com as pessoas, que traga um pedaço da vida, da cultura, do jeitão de ser de quem vai botar o pé no acelerador. O Tera, fabricado em Taubaté, interiorzão de São Paulo, é um carro que nasceu pra ter a cara do Brasil. Não é à toa que a Volks meteu os dois pés nesse projeto, com um dos maiores investimentos da marca por aqui. É como se dissessem: “Olha, esse é nosso, feito com o talento da nossa gente, pro gosto da nossa terra”.

A revelação na Sapucaí, aliás, foi um trem danado de esperto. O Carnaval, essa festa que é a cara do Brasil, com seus sambas, suas cores e sua energia sem igual, virou o palco perfeito pra mostrar o Tera pro mundo. E o povo, que não é bobo nem nada, já começou a soltar o verbo nas redes. Uma internauta mandou logo: “Um Gol SUV!”. Outra, com aquele olhar atento, reparou: “A Volks decidiu investir em curvas”. Teve quem amou, teve quem torceu o nariz, mas uma coisa é certa: o bicho tá dando o que falar. Pra Cláudio Rawicz, o chefão da comunicação da Volks, essa zoeira toda é ouro puro. “É assim que a gente planta curiosidade, desejo e demanda”, ele diz, com aquele jeitão de quem sabe que o falatório é o primeiro passo pra conquistar o coração – e o bolso – da galera.

Lá em agosto de 2024, o CEO da Volkswagen Brasil, Ciro Possobom, já tinha dado a letra: a marca ia despejar R$ 13 bilhões em São Paulo pra turbinar a mão de obra e o talento brasileiro. “O Tera é a prova viva disso”, ele garantiu na época. E não é que o homem tava certo? O carro não é só um monte de lata e parafuso. Tem o suor dos trabalhadores daqui, o traço dos designers brasileiros, a ousadia de quem resolveu fazer algo que não fosse só mais um modelo genérico perdido no meio de tantos outros. É um carro que reflete o Brasil – suas curvas, seus caminhos tortuosos, sua criatividade que não se prende a padrões.

E olha, cá entre nós, aqui do Paraná, onde a gente gosta de um mate e de uma prosa bem contada, dá pra sentir um orgulho danado de ver um traste desses nascendo em solo brasileiro. O Tera não é só um carro pra rodar nas ruas; é um símbolo de como a inteligência artística – essa mistura de cabeça, coração e mão na massa – ainda faz diferença num mundo cheio de máquinas e algoritmos. A Volks apostou alto, e o Tera veio pra mostrar que, quando o talento humano entra em cena, o resultado tem bem mais que horsepower: tem vida, tem história, tem o nosso jeitão de ser. Agora é esperar pra ver esse bicho pegando estrada – e, quem sabe, virando parte das nossas próprias histórias.