Ontem (04), o mundo virou os olhos pra uma reviravolta diplomática que tá dando o que falar. Após um bate-boca daqueles na Casa Branca e a suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky resolveu botar a boca no trombone – ou melhor, no X – pra mostrar que está disposto a mudar o tom e buscar a paz, agora sob a batuta do presidente Donald Trump. Com uma linguagem direta e um jeitão que mistura esperança e pragmatismo, Zelensky deixou claro que quer virar a página de um conflito que já se arrasta demais.
“Estamos prontos pra trabalhar sob a forte liderança do presidente Trump para conseguir uma paz rigorosa”, escreveu o ucraniano na rede social. O recado é simples, mas pesado: ninguém aguenta mais essa guerra sem fim. Ele jogou a real, dizendo que a Ucrânia tá louca pra sentar à mesa de negociações e que os ucranianos, mais do que ninguém, sonham com sossego. E não é pra menos, né? Depois de anos de bombas, perdas e incertezas, Zelensky parece estar esticando a mão pra uma trégua que possa, enfim, dar um respiro ao povo dele.
O clima que rolou na sexta-feira passada, dia 28 de fevereiro, durante uma visita a Washington, foi o estopim pra essa guinada. O encontro na Casa Branca, que era pra ser um momento de alinhamento, acabou virando um barraco daqueles que a gente vê nas novelas. "Não foi como deveria ter sido. É lamentável que tenha acontecido assim", desabafou Zelensky no X, com um tom de quem quer deixar o rolo pra trás. Ele ainda mandou um recado sutil, pedindo que as próximas conversas sejam "construtivas". Traduzindo: chega de briga, vamos resolver isso como gente grande.
A treta toda ganhou um tempero a mais na segunda-feira, dia 3, quando os Estados Unidos puxaram o freio na ajuda militar à Ucrânia. A mudança de postura veio depois que Trump, agora no comando, resolveu dar uma chacoalhada na política externa americana, que apoia Kiev desde o começo do conflito com a Rússia. Pra Zelensky, não teve jeito: era hora de agradecer o que já foi feito – "obrigado pelo apoio militar até aqui" – e ao mesmo tempo acenar com propostas pra um acordo. Ele sugeriu começar com a libertação de prisioneiros e uma fuga aérea, botando na mesa a ideia de proibir mísseis, drones de longo alcance e ataques a alvos civis. “Queremos avançar rápido pra um acordo final”, disse, mostrando que tá com pressa pra fechar essa história.
Mas o pulo do gato tá num outro ponto que ele trouxe à tona: um acordo para explorar os minerais raros da Ucrânia. Esse era um dos assuntos quentes da reunião que descambou pro vinagre na Casa Branca. Zelensky não se inscreveu: "A Ucrânia está pronta para participar a qualquer momento, em qualquer formato". O combinado prevê que os Estados Unidos possam por a mão nas terras raras ucranianas – o tal “ouro do século 21” – em troca de garantias de segurança contra a Rússia. Pra Trump, é um baita negócio, já que os EUA dependem da China pra 80% desses materiais, que são o coração da indústria moderna, de celulares a baterias de carros elétricos. Pra Ucrânia, é uma carta na manga pra se reorganizar e, quem sabe, reconstruir o que a guerra destruiu.
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