Na manhã de hoje (05), o 21º BPM virou palco de um motivo que parece coisa de filme de comédia pastelão, mas com aquele toque paranaense de "véio, que confusão". Um sujeito, que eu aposto que tava com cara de quem não dorme desde o carnaval, chegou na sede da polícia todo esbaforido, tipo aqueles tiozão que correm atrás do ônibus na rodoviária. Ele gritou que uma mulher, toda machucada, bateu na porta da casa dele pedindo socorro. "Óia, ela ta muito machucada, e eu não sou médico, né, seu polícia!", poderia ter dito o homem, provavelmente com as mãos na cintura e o olho arregalado.
Aí ele jogou a bomba: disse que o autor do rolo, um maluco armado, tinha deixado outra guria desacordada lá pras bandas da estação de captação da Sanepar, no bairro Marrecas. Imagina a cena, o cara contando isso e a polícia já pensando "putz, mais um dia de correria". Não deu outra, as equipes RPA e ROCAM saíram ‘voando’ que nem gavião atrás de caça. A RPA foi socorrer a primeira vítima, que tava lá gemendo, e a ROCAM foi dar um grau até a Sanepar pra tentar achar a outra. Só que, ó, buscaram, buscaram, e nada da segunda mulher. Devia tá escondido no mato ou já tinha dado um jeito de vazar dali.
Enquanto isso, os homi da lei arregaçaram as mangas e foram atrás do acusado. Descobriram o endereço da figura rapidinho, porque, né, em cidade pequena quase todo mundo sabe onde o bagunceiro mora. Chegando lá, o cara resolveu bancar o ninja e se enfiou no forro da casa. Sério, no forro! Imagina o policial olhando pra cima e gritando: "Desce daí, que tu não é o Homem-Aranha!". Deve ter rolado um papo tipo "sai daí que tu vai se machucar" e "não vou não, me deixa quieto", até que o maluco cansou da palhaçada, desceu com o rabo entre as pernas e tomou um belo de um "teje preso".
Aí, meus amigos, começou o show de achados e perdidos. Fizeram uma limpa na casa do sujeito e encontraram um verdadeiro mercado de pulgas: um monte de tranqueira sem procedência, tipo TV de tubo que alguém roubou da vó, umas porções de maconha que ele jurou que era "orégano pra pizza", cocaína que "caiu do bolso de alguém", uma balança de precisão que ele deve ter dito que era "pra pesar o tempero", e até munição intacta pra dar aquele toque de "sou perigoso, mas nem tanto". O cara era um mix de bandido de meia-tigela com acumulador de tralhas sem procedência.
Levaram o malandro pra UPA, porque ele tava todo ralado — provavelmente de tanto se esfregar no forro como barata tonta — e depois despacharam ele pra 19ª SDP com a sacolinha de provas. As duas minas, que foram achadas depois de um corre danado, também passaram na UPA pra tomar um remedinho e foram pra delegacia como vítimas. Uma delas está pensando "nunca mais eu saio com esse tipo de amigo, que vergonha".
Pra fechar com chave de ouro, a Polícia Militar ainda jogou as fotos das tralhas apreendidas na internet, tipo "óia aqui, povo, se alguém conhece esse liquidificador ou essa bicicleta sem pneu, passa na delegacia pra buscar". Imagina o cidadão indo lá: "É, essa panela amassada é minha, roubaram no churrasco do último feriado". Francisco Beltrão inteira deve tá rindo até agora dessa novela. Mas tirando o lado cômico, tinha objetos do tipo furadeira, ‘makita, wap’, vídeo game, relógios, celulares, caixa de ferramenta e até uma daquelas paradas que varre a casa sozinha”.
E assim, meus caros, o dia que começou com um susto terminou com o maluco do forro virando o astro da zoeira local. Só no Paraná mesmo pra um caso desse virar motivo de risada no bar!
Mín. 13° Máx. 30°