Na tarde de ontem (05), uma guria brasileira, de apenas 23 aninhos, resolveu dar uma de esperta lá em Bernardo de Irigoyen, na Argentina. A moça, que provavelmente já tava com o mate frio na cabeça, entrou num supermercado toda pimpona, com a cara mais lavada que chão de açougue depois da faxina, e tentou pagar uma compra daquelas de encher o porta-mala com nada menos que milão em reais. Mas, ó, não era qualquer milão, não: era mil reais falsificados! É ou não é pra dizer “nossa, que vacilo, tchê”?
A cena foi digna de filme de comédia de baixo orçamento. Imagina só: a mina toda prosa, empilhando uma garrafas de vinho, lata de ervilha, uns pacotinho de alfajor pra impressionar os vizinhos, e na hora de passar no caixa, saca dez notinhas de cem, tudo falsificado que nem dinheiro de banco imobiliário! A operadora de caixa, que não nasceu ontem e já deve ter visto cada tipo de espertalhão por aí, bateu o olho nas cédulas e pensou: “Bah, isso aí tá mais falso que promessa de político em ano de eleição”. E não deu outra: chamou os cana na mesma hora.
A polícia foi até o lugar, com aquele jeitão de quem já tá acostumado a lidar com maluco que acha que vai enganar o mundo. Na abordagem, a guria ainda tentou dar uma de sonsa, tipo “ué, o que foi, gente?”, mas os homi não caíram na dela. Revistaram a bolsa e pimba: dez notas de cem, todas fajutas, brilhando ali como se fossem troféu de campeonato de truco. Aí já era, né? A falsária do real foi algemada mais rápido que pinhão some da mesa no arraiá.
O promotor de plantão, que provavelmente tava tomando um tereré e assistindo jogo do River Plate, foi chamado pra resolver o rolo. Determinou inquérito por estelionato e mandou a moça direto pra delegacia, enquanto as notinhas falsas viraram prova, guardadinhas pro perito dar uma olhada. E olha só que detalhe: agora os caras tão investigando pra ver se tem mais gente nessa tramoia. Será que ela era a chefe de uma quadrilha de falsificadores ou só uma que comprou pela internet um lote, achando que mil reais fajutos iam virar ouro na Argentina? Mistério!
O que a gente sabe é que essa guria deu um baita mico internacional. Imagina a zoeira na fronteira: “Ó, a brasileira que quis pagar alfajor com dinheiro de mentirinha!”. Aqui no Paraná, já tão dizendo que ela deve ter aprendido o truque com algum primo que joga baralho marcado no boteco. E eu fico pensando: será que ela achou que os argentinos não iam sacar que o real tava mais falso que nota de três? Porque, convenhamos, até o cachorro do supermercado ia latir desconfiado praquelas cédulas.
No fim das contas, a lição é clara: se for pra fazer compra grande na Argentina, leva dólar, cartão ou, sei lá, uns peso de verdade. Porque mil reais falsificados, minha filha, só engana quem nunca viu um caixa eletrônico na vida. E agora, lá na cadeia, ela vai ter tempo de sobra pra repensar essa ideia genial enquanto toma uma água morna e sonha com o dia que vai voltar pro Brasil pra contar essa história na roda de amigos – se os amigos não rirem tanto que ela desista de abrir a boca!
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