Barraconense - “Gols e Emoção: Industrial Dominou o Flamengo em Vitória Pelo Veterano”

No último sábado, dia oito de março, o sol tava batendo firme lá no campo da Linha Nova, em Barracão, aqui no Sudoeste nosso Paraná. Era dia de mais uma etapa do Barraconense Suíço, e dessa vez quem estava estreando a categoria Veterano. O povaréu se ajuntou na beira do alambrado, com aquele cheiro de grama cortada e o barulho da bola ecoando, pra ver uma peleja daquelas que mexe com o coração da gente. E não é que o Esporte Clube Industrial deu um show? Ganhou do Flamengo da Linha Nova por 6 a 2, com direito a jogadas de tirar o chapéu e deixar a torcida de boca aberta.

O jogo começou meio devagar, sabe como é, as equipes se estudando, pisando leve no terreno. Parecia que ia ser um embate duro, mas aí o Industrial resolveu mostrar serviço. O Ricardo, aquele que não tem medo de botar o pé na bola, abriu o placar com um chutaço que já fez o pessoal soltar um “ôôô” de surpresa. Não demorou muito, e ele mesmo, o Ricardo, mandou mais um pra rede, ampliando o marcador. Aí o Flamengo acordou pro jogo: o Marquinhos descontou, botando fogo na partida. E não parou por aí – o Mano Carvalho, com aquele estilo de quem já viu muito campeonato, empatou o jogo. O povaréu foi à loucura, achando que a virada tava vindo.

Mas, como diz o ditado aqui do interior, “cavalo que corre na frente bebe água limpa”. O Industrial não se abalou e pegou o embalo de vez. Os gols começaram a sair que nem água fresca escorrendo da bica em dia de calor brabo. O Adão Guedes, com aquele jeito esperto de quem conhece o campo, fez o dele. Depois veio o Paulo Silva, o Preto, que não deixa barato e mandou a bola pro fundo da rede. O Gilson, que todo mundo chama de Gringo, também deixou o dele, com um chute que até o alambrado tremeu. E pra fechar a conta, o Tiago Guedes, com sangue nos olhos, sacramentou a vitória do Industrial com um gol pra ninguém botar defeito. Placar final: 6 a 2, e um banho de futebol.

A tarde foi daquelas que o pessoal vai contar pros netos, com direito a jogadas bonitas que levantavam poeira e suspiros da torcida. Teve drible desconcertante, passe de calcanhar e chute de longe que fazia o goleiro só olhar. Na beira do campo, o povaréu gritava, ria, batia palma e tomava uma gelada pra refrescar a garganta seca de tanto torcer. Quem tava lá viu de perto: futebol no interior é mais que um jogo, é o sangue que corre nas veias. É a união do pessoal da roça, da cidade, dos amigos de longa data que se encontram pra trocar ideia e dar risada enquanto a bola rola.