No último sábado, dia 8 de março de 2025, o Campo da Linha Nova, em Barracão, no nosso querido Sudoeste do Paraná, foi palco de um jogaço daqueles que o pessoal não esquece tão cedo. Era Resenha contra Esporte Clube Industrial, valendo pelo Grupo A do Barraconense Suíço, o famoso Campeonato Municipal de Futebol Suíço. A tarde já findava e o sol tava uma trégua, o povão se achegou nas arquibancadas improvisadas e na sombra das árvores. Era dia de futebol raiz, daqueles que fazem o coração do interiorano bater mais forte.
O Resenha, que tava botando o pé na competição pela primeira vez, estreou com um empate suado contra o Industrial. Com esse pontinho na sacola, o time já pulou pra terceira colocação do grupo, mostrando que veio pra brigar. Do outro lado, o Industrial, que tinha tomado um tombo na estreia, queria dar o troco pro destino e mostrar serviço. Mas, ó, sem o goleiro JP, que tava fazendo falta no gol, o time teve que se virar nos trinta com Luizinho Cascavel improvisado. O empate, pra eles, caiu como luva – quase um presentinho de consolação – e agora tão segurando a quarta posição, ainda com fôlego pra correr atrás do prejuízo.
O jogo começou pegado, como é de costume por aqui. Aos 7 minutos, o Mário Jr, aquele piá sortudo do Resenha, mandou o primeiro pro fundo do barbante. O povão gritou, a gurizada pulou. Mas o Industrial não é de se entregar fácil. No finzinho do primeiro tempo, o Geazi, que já tava de olho no jogo desde o apito inicial, aproveitou um vacilo da zaga e mandou uma pro gol em passe de Belmontinho. Tudo igual no placar, e o intervalo veio com aquele gosto de “vai ter mais emoção”.
Na segunda etapa, o bicho pegou de vez. Aos 7 minutos, o Geazi, que tava inspirado, pegou a bola na lateral próximo ao meio-campo, deixou os marcadores comendo poeira numa jogadaça individual e virou o jogo pro Industrial com um golaço. O pessoal do Resenha ficou com o lombo ardendo, mas não baixou a cabeça. Aos 14 minutos, o Mário Jr apareceu de novo, como quem diz “eu não desisto fácil”. E de forma firme mandou pro gol. Empate na tábua, e o clima ficou quente – tanto no campo quanto na torcida, que gritava “vai pra cima, seus loco!”.
E quando todo mundo achava que o jogo ia ficar no 2 a 2, veio o gran finale. Nos últimos segundos, o Geazi, que já tava com moral de herói, recebeu um passe caprichado na entrada da área. Driblou o marcador com um gingado que parecia dança de festa junina, chutou com força, e a bola caprichosa como ela só explodiu no travessão. O “uhhh” da galera ecoou pelo campo, e o apito final veio logo depois, selando o empate. O Industrial ficou no quase, e o Resenha respirou aliviado por segurar o resultado.
Foi um baita dum jogo, de tirar o fôlego e fazer o povão levantar da cadeira – ou do banquinho de madeira, pros mais tradicionais. Aqui no interior do Paraná, futebol suíço é coisa séria, quase religião. A raça dos times, a correria até o último minuto e os lances de arrepiar mostram que o esporte vive no sangue dessa gente. E no fim das contas, entre um gole de mate e um papo no pavilhão depois do jogo, todo mundo já tava combinando de voltar na beira do gramado na próxima rodada. Porque aqui, meu amigo, é assim: cada partida é um baita dum evento, e o coração da gente não aguenta esperar muito pra ver mais!
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