Na tarde do último sábado, dia 08, o Atlético Sede Marina, aquele Furacão da Fronteira que a gente já conhece bem, meteu um 3 a 2 pra cima do Ypiranga, num jogo daqueles que mexeu com o coração da torcida. A partida, válida pelo Grupo C do Campeonato Municipal de Futebol Série B de Dionísio Cerqueira, lá no oeste de Santa Catarina (Cerqueirense Série B), rolou no Campo da Linha Maria Preta, um lugar que já é quase sagrado pra quem curte um futebol raiz. E olha, foi um jogo de tirar o chapéu, cheio de reviravolta e emoção, como a gente gosta por aqui.
Logo de cara, o Furacão da Fronteira mostrou que não tava pra brincadeira. Depois de uma bobeada feia da zaga do Ypiranga — daqueles vacilos que a gente até avisa antes, “fecha aí!” —, o Fernando, esperto que só ele, não perdoou. Pegou a bola, deu um toque esperto e mandou pro fundo do gol. A torcida nem tinha sentado direito e já tava de pé, gritando “é gol, tchê!”. Mas o Ypiranga, que não é de se entregar fácil, tratou de correr atrás do prejuízo. Não demorou muito e o Elias, um baita dum jogador, resolveu mostrar serviço. Ele pegou a pelota, ajeitou com classe e soltou um chute que foi direto no ângulo, sem dar nem chance pro goleiro Maicon piscar. Um golaço pra ninguém botar defeito, daqueles que até o adversário aplaude.
O jogo tava pegado, mas o Atlético Sede Marina não se abalou. Ainda no primeiro tempo, o Jorge, que tava com o pé quente, fez uma jogada daquelas de encher os olhos. Driblou um, driblou dois, deixou a zaga do Ypiranga comendo poeira e mandou a bola pro fundo da rede. O Furacão voltou a ficar na frente, e a gurizada na arquibancada já tava cantando alto, animada com o que via. E como se não bastasse, nos minutos finais da etapa inicial, o Juliano entrou na dança. Num lance bem trabalhado, ele recebeu um passe açucarado e, com calma de quem sabe o que faz, ampliou o placar pra 3 a 2. Foi um banho de água fria no Ypiranga, que ainda tava tentando se achar no jogo.
Veio o segundo tempo e, olha, teve de tudo um pouco. O Furacão, com o vento a favor, criou umas chances boas, mas ficou na canja — sabe como é, aquela bola que passa pertinho, mas não entra, e a gente só lamenta “ah, se tivesse caprichado mais um tiquinho...”. Já o Ypiranga, bem que tentou correr atrás do placar. Teve uns lances de perigo, mais um gol do Ypiranga, uns “quases” que fizeram a torcida prender o fôlego, mas parou por aí. A defesa do Atlético tava ligada no 220, e o goleiro Maicon, depois daquele golaço que tomou, fechou o gol direitinho. No fim das contas, o placar não mudou mais, e o Furacão da Fronteira saiu de campo com os três pontos na mão e o peito estufado.
Foi um baita dum jogo, desses que a gente comenta na roda de chimarrão durante a semana inteira. O Atlético Sede Marina que estreou na competição, mostrou que tá na briga pra subir na tabela, ocuapando a segunda posição do grupo, enquanto o Ypiranga que é terceiro pelos critérios e também com 3 pontos, vai ter que corrigir os erros e se preparar pro próximo embate. No Campo da Linha Maria Preta, o sábado foi de festa pro Furacão e de aprendizado pro adversário. E assim segue o futebol por essas bandas: com raça, emoção e, claro, aquele jeitão nosso de torcer e contar história.
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