Pois é, minha gente, no Barracão “véio assombrado”, pertinho da fronteira com os "hermanos" da Argentina, a Receita Federal resolveu dar uma geral das brabas num depósito clandestino que tava mais escondido que placa de publicidade. Imagina o tamanho da zoeira: mais de 10 mil pares de tênis falsificados, daqueles que tu compra achando que é Nike, Adidas ou Puma, mas na real é "Naike", "Adidóis" e "Pumão". E não parou por aí, não! Ainda tinha 25 toneladas de sucata plástica, um monte de treco véio que parecia ter saído direto do lixão do fim do mundo, mas que valem uns ‘nicres’. Tudo isso num galpão que tava em nome de um argentino esperto, daqueles que acha que brasileiro é tudo bobo e que dá pra enganar com mercadoria mais fajuta que nota de R$ 3.
A ação rolou na segunda-feira, dia 10, e foi tipo filme de Hollywood: a Receita chamou os amigos da Polícia Federal pra dar aquele reforço maroto, e juntos eles botaram o pé na porta do esquema. Quando abriram o galpão, meu amigo, era tanta tralha que dava pra calçar a cidade inteira! Tinha tênis falso até dizer chega, daqueles que o solado descola na primeira pisada e o símbolo da marca parece que foi desenhado por criança de 5 anos com canetinha. E a sucata plástica? Um horror, parecia que tinham juntado todo o plástico rejeitado do planeta: garrafa amassada, pedaço de cadeira quebrada, e até umas tampinha de refrigerante.
O bagulho tava avaliado em mais de R$ 3 milhões! Três milhões, minha gente! Com esse dinheiro, dava pra comprar um caminhão pipa de chopp, fazer um churrasco pra toda a vizinhança de Barracão e ainda sobrar troco pra umas jogar umas bochas no boteco do Zé. Mas, como era tudo falsificado, o negócio foi pro beleléu. E olha só a ousadia: o lugar já tinha sido pego em outra apreensão há pouco tempo! É tipo aquele parente folgado que insiste em pedir dinheiro emprestado mesmo sabendo que nunca vai pagar. O dono, um argentino que provavelmente tá tomando mate e rindo da gente até agora, deve ter achado que ninguém ia reparar num galpão desativado cheio de traste.
E o circo não parou por aí. Além dos tênis e da sucata, a PF ainda confiscou três caminhões e uma carreta, tudo lotado de mercadoria pirata. E sabe o que é o mais engraçado? Precisaram chamar mais três veículos pra dar conta de levar o resto! Imagina a cena: um monte de agente da Receita suado, carregando caixa de tênis falso, xingando o calor do Paraná e falando "mas que troço pesado, esse argentino me paga!". O depósito virou um verdadeiro mercado das pulgas, só que sem comprador, porque ninguém quer levar pra casa um "Naike" que desmancha na chuva, ou melhor, muita gente leva por motivo financeiro e acaba financiando sem querer o esquema.
Então, fica o aviso: aqui no Paraná a gente pode até ser tranquilo, tomar um tereré na sombra e rir da vida, mas com a Receita Federal não tem brincadeira. Se tu tentar passar a perna com tênis falsificado e sucata véia, vai acabar vendo o sol nascer quadrado, ou pior, virando piada na roda de chimarrão. E aí, argentino, quer tentar de novo? Vem que a receita te espera com um cafezinho coado e um olho bem aberto!
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