Hoje (14), a Justiça Eleitoral jogou uma baita bomba no cenário político de Bom Jesus do Sul/PR, uma pequena cidade no sudoeste do estado. O vereador Júlio de Moura, mais conhecido como Pastor Júlio, eleito pelo União Brasil nas eleições municipais de 2024, teve o mandato cassado. O motivo? Uma maracutaia envolvendo fraude à cota de gênero, algo que tá dando o que falar não só no município, mas em muita roda de conversa por aí.
Tudo começou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que o Partido Progressista (PP) do atual prefeito botou na mesa. O PP, que não é bobo nem nada, fuçou e descobriu que a chapa do União Brasil tinha uma candidatura pra lá de suspeita: a de Maria Aparecida Fiori. A mulher, que era pra ser uma das representantes femininas na disputa, mal apareceu na campanha. Pegou só seis votos, não declarou um centavo e entregou uma prestação de contas mais zerada que bolso de fim de mês. A Justiça não engoliu essa história e bateu o martelo: era candidatura fictícia, uma tremenda de uma "laranja", como dizem no linguajar da popular.
A legislação eleitoral brasileira, que é bem clara nesse ponto, exige que os partidos respeitem a cota de gênero – no mínimo 30% das candidaturas têm que ser de mulheres. É uma regra pra tentar equilibrar o jogo num cenário onde, cá entre nós, “o pessoal de calça ainda manda mais que o de saia”. Mas, no caso do União Brasil em Bom Jesus do Sul, o que rolou foi um jeitinho esperto pra burlar a lei. A chapa montou um esquema que, na real, só serviu pra fingir que tava cumprindo a norma. Aí, meu amigo, a coisa desandou.
Com a sentença, o mandato do Pastor Júlio e dos suplentes dele foi pro beleléu. E não parou por aí: todos os votos que o União Brasil levou na eleição proporcional foram anulados. Imagina a bronca! A Justiça mandou recalcular o quociente eleitoral e redistribuir as vagas pros partidos que ‘jogaram limpo’ e conseguiram alcançar o número mínimo de votos. Pra completar o pacote, Maria Aparecida Fiori e Júlio de Moura, junto com quem mais meteu a mão nessa cumbuca, ficaram inelegíveis por oito anos. É um tempão fora do jogo político, tempo de sobra pra pensar no que fizeram.
Mas, ó, a coisa ainda não tá 100% resolvida. A decisão só vai ser executada de fato quando tiver o tal do "trânsito em julgado", que é quando ninguém mais pode recorrer. Aí sim a Justiça Eleitoral vai fazer a recontagem dos votos e dar o recado oficial pra Câmara Municipal, que vai ter que dar tchau pro Pastor Júlio de vez.
Agora, cá entre nós, esse caso tá rendendo um bocado de prosa. Tem gente que acha que a Justiça fez bonito, aplicando a lei direitinho e mostrando que não vai passar pano pra esse tipo de tramoia. Mas, por outro lado, tem um pessoal que torce o nariz pra essa história das cotas. "Tem que ser por competência, não por obrigação", dizem os oposicionistas a lei, batendo na tecla que vaga na política deveria ser pra quem rala de verdade, e não pra cumprir tabela. É aquele papo de boteco que pega fogo: uns defendem que as cotas são o jeito de dar espaço pras mulheres num mundo ainda meio machista; outros acham que é forçar a barra e que, no fim das contas, o mérito é que deveria falar mais alto, se realmente a mulher tem apreço pela política, chegaria com o pé na porta e não empurrada por cotas.
Enquanto isso, em Bom Jesus do Sul, o clima deve tá mais quente que churrasco de domingo. O Pastor Júlio, que provavelmente tava contando com uns bons anos de mandato, agora pode vê tudo ir por água abaixo por causa de uma jogada mal planejada. E a Maria Aparecida, coitada, entrou nessa dança sem nem saber direito se era xote ou vaneirão. O União Brasil, que apostou nessa chapa, acabou levando um tombo feio e deixou o recado: quem quer brincar de política tem que jogar dentro das regras, senão o juiz apita e o time inteiro sai do campo.
E tu, o que acha dessa confusão toda? Acha que as cotas são um mal necessário ou que tá na hora de mudar o jeito de fazer política? Uma coisa é certa: esse caso ainda vai dar muito pano pra manga, seja na Justiça, seja nas conversas de esquina.
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