Na tarde de ontem, dia 18 de março, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) jogou uma pá de cal nas especulações que corriam soltas nos corredores de Brasília. Em entrevista à Revista Oeste, ele cravou que o deputado paranaense Filipe Barros (PL-PR) é quem vai assumir o comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Credn) da Câmara dos Deputados. A decisão veio como um balde d’água fria pra quem apostava no deputado Coronel Zucco (PL-RS), líder da Minoria, ou até mesmo no “filho 03”, Eduardo Bolsonaro, que por um tempo foi o nome mais quente na bolsa de apostas pra cadeira, mas deve pedir asilo político nos Estados Unidos, alegando perseguição.
Aqui no Paraná, a notícia caiu como um presentão pra base bolsonarista. Filipe Barros, que é de Londrina e já tem um histórico de fidelidade ao ex-presidente, ganha um baita holofote com essa escolha. Não é pouca coisa: a Credn é uma das comissões mais estratégicas da Câmara, mexendo com temas pesados como política externa e soberania nacional. E olha que o caldo quase entornou nessa disputa, porque o PT e o PL tavam de olho grande na chefia, travando o acordo pras outras comissões. Era um verdadeiro “pega pra capar” político.
A história começou a embolar mesmo por causa do Eduardo Bolsonaro. O deputado, que é figurinha carimbada nas pautas do pai, anunciou que vai dar um tempo do mandato e ficar nos Estados Unidos. O motivo? Segundo ele, é pra tocar projetos por lá, mas o pessoal do PT, liderado pelo deputado Lindbergh Farias (RJ), já subiu nas tamancas e acusou o “03” de estar tramando contra o Brasil. Lindbergh chegou a pedir a apreensão do passaporte do cara, dizendo que Eduardo tava “constrangendo o Supremo Tribunal Federal” e atentando contra a soberania nacional. Mas o ministro Alexandre de Moraes, do STF, não comprou a briga e negou o pedido. Resultado: Eduardo fica livre pra circular entre os gringos.
E o que isso tudo significa? Bom, pra quem acompanha o jogo político, tá na cara que a Credn era o plano A do bolsonarismo pra dar um gás nas ideias do ex-presidente no cenário internacional. Eduardo, que já anda de papo com os aliados do Donald Trump e é amigão do presidente argentino Javier Milei, seria o cara perfeito pra isso. Mas com ele fora do páreo, o jeito foi rearrumar as peças no tabuleiro. Coronel Zucco, que também tava na disputa, vai seguir firme como líder da Minoria, e Filipe Barros entra em campo pra segurar a bronca.
No fim das contas, essa mexida toda mostra como o PL ainda dança conforme a música do Bolsonaro. O ex-presidente, mesmo fora do Planalto, continua dando as cartas e botando ordem na casa. Aqui do Paraná, a gente olha com um olho no orgulho – afinal, é um conterrâneo subindo de patente – e outro na curiosidade pra ver como esse novo capítulo vai desenrolar. Porque, se tem uma coisa que a política brasileira não nega, é emoção. E nessa novela da Credn, o próximo episódio promete!
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