Nesta quarta-feira, dia 19 de março, o presidente do PL, Valdemar da Costa Netto, soltou uma bomba que agitou os bastidores da política brasileira: Eduardo Bolsonaro, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, deve voltar ao Brasil em quatro meses e já tem destino certo nas eleições de 2026. Segundo Valdemar, o deputado do PL vai disputar uma vaga no Senado por São Paulo, uma jogada que mostra como o clã Bolsonaro segue firme na tentativa de manter seu espaço no tabuleiro político nacional. A notícia, que saiu na CNN e foi checada pelo Poder360, é daquelas que aquecem o debate, seja na roda de amigos ou nos grupos de WhatsApp.
Eduardo, que é deputado federal, pediu licença do mandato na terça-feira, 18 de março, pra ficar nos Estados Unidos, onde já tá desde o fim de fevereiro. O motivo? Ele diz que o Brasil “já não é um lugar seguro pra fazer oposição”. É uma frase pesada, que reflete o clima de polarização que ainda ronda o país. Dá pra imaginar o cara olhando pro cenário político daqui e pensando: “Melhor dar um tempo lá fora”. Mas essa decisão não veio sem barulho. O filho do ex-presidente tá no meio de um rolo danado, com direito a notícia-crime e troca de farpas entre partidos.
Quem botou lenha na fogueira foi o líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro. Ele foi atrás do Ministério Público pedindo uma investigação criminal contra Eduardo, acusando o deputado de “trabalhar contra os interesses nacionais” e até de tentar “constranger o Supremo Tribunal Federal”. O petista não parou por aí: quis que o passaporte do Bolsonaro caçula fosse apreendido, pra garantir que ele não saísse do radar. O pano de fundo disso tudo? A atuação de Eduardo nos Estados Unidos, onde ele tem circulado perto de figuras como Donald Trump, que ainda é ídolo de boa parte da direita brasileira. O PT, claro, não gostou nada disso e fez de tudo pra barrar o deputado de assumir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, um cargo que, pelo visto, ele tava de olho.
Mas nem tudo saiu como Lindbergh queria. Na mesma terça-feira (18), a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu um balde de água fria nos planos do PT. O procurador-geral, Paulo Gonet, disse que não viu provas suficientes pra abrir uma investigação contra Eduardo. Na visão dele, as acusações não tinham peso pra justificar um processo criminal, e ainda recomendou que o caso fosse arquivado. É aquele clássico “muito barulho por nada” que a gente vê de vez em quando na política.
Agora, olhando de fora, dá pra perceber que essa história é um baita retrato do momento que a gente tá vivendo. De um lado, Eduardo Bolsonaro alega que tá saindo do país porque a oposição tá com a corda no pescoço, num clima que ele acha perigoso. De outro, o PT e seus aliados tentam pintar o deputado como uma ameaça aos interesses do Brasil, alguém que tá mais preocupado em fazer política internacional do que em resolver os pepinos daqui. E no meio disso tudo, o PL já vai costurando os planos pra 2026, mostrando que não tá nem um pouco disposto a largar o osso.
Seja como for, essa licença de Eduardo e o anuncio da candidatura ao Senado jogam ainda mais tempero numa política que já tá fervendo. Resta saber como essa temporada nos EUA vai influenciar o jeito que ele vai voltar ao Brasil – e se, em quatro meses, o chão por aqui vai estar mais firme pra ele pisar. Uma coisa é certa: o nome Bolsonaro, gostem ou não, ainda vai dar muito pano pra manga.
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