Ontem, dia 26 de março, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) deu mais um passo firme no combate a crimes que ferem a dignidade humana. Em Antonina, lá no Litoral do Estado, um homem de 50 anos, sócio administrador de uma clínica, foi pego em flagrante e levado em cana. O motivo? Ele era um dos responsáveis por manter mulheres em situação de cárcere privado, um negócio que, de bonito, não tem nada. Essa foi a segunda prisão em poucos dias, um desdobramento de uma operação que começou na segunda-feira, dia 24, e que já tinha colocado atrás das grades o coordenador do tal estabelecimento.
A história é daquelas que deixam a gente de cabelo em pé. Na primeira ação, cinco mulheres foram resgatadas. Mas, como quem mexe com vespeiro acaba achando mais, a polícia voltou ao local depois de receber novas informações e encontrou mais dez vítimas. No total, quinze mulheres tiradas de uma situação que, segundo as investigações, era um verdadeiro desrespeito à lei e à vida. O delegado Emmanuel Lucas Soares, que tá à frente do caso, deixou claro: o dono da clínica foi autuado por cárcere privado, já que as internações não seguiam as regras legais. Um crime que, por aqui, no Paraná, a gente não engole quieto.
Pelo que foi apurado, as pacientes não tavam trancafiadas em jaulas ou vivendo em condições de dar dó, pelo menos não no dia da batida policial. Mas o buraco era mais embaixo: as internações não tinham sido comunicadas ao Ministério Público, como manda a lei. Isso, por si só, já configura um problema dos grandes. O MP do Paraná, aliás, não ficou só olhando. Acompanhou tudo de perto, pediu os documentos da clínica, deu um chega pra lá recomendando a interdição e ainda foi atrás da Justiça pra suspender de vez as atividades do lugar. É o tipo de coisa que, quando a gente vê, sente um alívio, mas também uma revolta danada.
As mulheres resgatadas, coitadas, passaram por um baita perrengue. Com o apoio da Assistência Social de Antonina, elas foram acolhidas logo depois da operação. Teve médico, teve acompanhamento psicológico, e agora tão começando a voltar pras suas famílias, tentando deixar pra trás esse pesadelo. Mas o que elas contaram de como que passaram lá dentro é de arrepiar. Na segunda-feira, durante a primeira ação, algumas abriram o jogo: sofriam maus-tratos dos funcionários da clínica. Tinham um tal de “quarto zero”, um lugar pra onde mandavam quem não seguia as regras que eles inventavam. Imagina só: isoladas, fazendo as necessidades em balde, e, pasmem, às vezes até algemadas. Pra completar, os contatos com a família eram vigiados e, na maioria das vezes, cortados sem dó.
Aqui no Paraná, a gente tem um jeito de falar aberto, de chamar as coisas pelo nome. E isso tudo é uma baita falta de vergonha na cara. Como é que alguém monta um esquema desses, interna gente à força, trata que bicho e ainda acha que vai passar batido? A PCPR tá de olho, e as investigações não param. O objetivo agora é identificar todo mundo que tá metido nessa sujeira e botar cada um no seu devido lugar – que, pelo visto, é atrás das grades. O homem preso na quarta já foi pro sistema penitenciário, e a sensação é que a justiça, aos poucos, vai se fazendo.
Esse caso em Antonina é daquelas histórias que a gente não esquece fácil. Mostra como, mesmo em 2025, ainda tem gente que acha que pode mandar na vida dos outros sem dar satisfação. Mas também prova que, com polícia, MP e assistência social trabalhando juntos, o trem vai andando e o direito vai prevalecendo. Resta torcer pra que as vítimas encontrem paz depois de tudo isso e que os culpados paguem direitinho pelo que fizeram. Porque, como a gente diz por aqui, “quem planta vento, colhe tempestade”.
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