A estreia dos times brasileiros na Libertadores trouxe um misto de emoções, com jogos que mostraram garra, mas também deixaram aquele gostinho de "podia ter sido mais". O Inter e o Bahia, por exemplo, fizeram uma partida daquelas de encher os olhos de quem gosta de uma boa troca de golpes, um verdadeiro "toma lá, dá cá". Foi um duelo aberto, com os dois lados buscando o ataque, mas faltou aquele capricho na hora de mandar a bola pro fundo do barbante. Os baianos, espertos, abriram o placar com Lucas Oliveira aos 28 do segundo tempo. Mas o Inter, que não é de se entregar fácil, correu atrás e arrancou o empate aos 36, com um gol que deu alívio pra torcida em Porto Alegre. No fim, 1 a 1 no placar e um ponto na bagagem – não é o ideal, mas tá no lucro pra quem jogou fora de casa.
Já o Flamengo, mesmo com o elenco remendado por causa dos desfalques, foi até a casa do Deportivo Táchira e mostrou que sabe jogar com o regulamento debaixo do braço. Não foi um show de bola, mas o time carioca fez o dever de casa. Juninho, aos 12 do segundo tempo, mandou a bola pra rede e garantiu o 1 a 0. Vitória magrinha, mas que vale ouro numa competição como essa, ainda mais jogando na raça e fora do Maraca. O Mengão voltou pra casa com os três pontos e um sorriso de quem sabe que, às vezes, o simples é o que resolve.
O Palmeiras, por outro lado, transformou um jogo que parecia mamão com açúcar num verdadeiro angu de caroço. Contra o Sporting Cristal, o Verdão abriu o placar com Estevão aos 38 do primeiro tempo, num lance que deu a impressão de que a coisa ia deslancha. Só que o time cochilou, e o Cristal, danado como ele só, empatou aos 22 do segundo tempo. Aí o Palmeiras acordou de novo, e Piquerez, aos 37, colocou o time na frente. Mas nem deu tempo de comemorar direito: no minuto seguinte, Martín deixou tudo igual pro Cristal. Quando o torcedor já tava roendo as unhas, o Verdão achou o gol da vitória nos acréscimos, com Richard Ríos. Final: 3 a 2, suado, sofrido, mas com os três pontos no bolso.
Pra fechar a rodada de ontem, dia 3, teve ainda o Central Córdoba e a LDU Quito, que fizeram um jogo morno, sem sal nem açúcar, e terminaram num 0 a 0 que ninguém quer lembrar. No geral, foi uma noite de estreias com altos e baixos pros brasileiros – uns com mais sorte, outros nem tanto, mas todos já mostrando que a Libertadores não dá moleza pra ninguém. Agora é ajustar o que precisa e partir pro próximo embate, porque nessa competição, cada ponto é uma batalha e cada gol é um grito de guerra.
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