Se a eleição presidencial rolasse hoje, o bicho ia pegar, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria com a faca e o queijo na mão, pelo menos é o que aponta a pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado, dia 5 de abril de 2025. O levantamento, que ouviu mais de 3 mil pessoas em 172 municípios entre terça e quinta desta semana, mostra que o petista lidera em todos os cenários testados, seja contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tá inelegível até 2030 por decisão do TSE, seja enfrentando nomes como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) ou o eterno candidato Ciro Gomes (PDT). Mas, ó, o cenário tá longe de estar definido, porque o eleitorado ainda mostra um pé atrás, com muita gente pendurada no voto branco, nulo ou simplesmente sem saber em quem botar fé.
No embate clássico com Bolsonaro, Lula crava 36% das intenções de voto, enquanto o ex-capitão fica com 30%. É uma vantagem magrinha, dentro da margem de erro de dois pontos pra mais ou pra menos, o que deixa o confronto com aquele cheiro de disputa acirrada. Atrás dos dois, Ciro Gomes aparece com 12%, mostrando que ainda tem seu espaço, seguido pelo outsider Pablo Marçal (PRTB), com 7%, e o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), com 5%. Uns 9% dizem que não votam em ninguém ou jogam no branco/nulo, e 2% ainda tão na dúvida, pensando se vale a pena escolher alguém.
Quando o Datafolha troca os adversários, Lula segue na frente, mas o caldo muda um pouco. Contra Tarcísio de Freitas, por exemplo, o petista varia entre 35% e 43%, dependendo do cenário, enquanto o governador paulista oscila entre 15% e 24%. Tarcísio, que tem fama de bom gestor, ainda não emplaca como ameaça direta, mas mostra potencial pra crescer. Já Pablo Marçal, que vem chamando atenção com discurso firme, belisca entre 10% e 15%, dependendo de quem tá na briga. Ciro, sempre ele, segura seus 11% a 12% na maioria das simulações com Lula, provando que tem um eleitorado cativo, mas sem força pra deslanchar.
Teve cenário com Michelle Bolsonaro também, que aparece com 15% contra os 35% de Lula. A ex-primeira-dama carrega o peso do sobrenome, mas ainda não parece ter musculatura pra chegar perto do petista. Outros nomes, como Ratinho Júnior (PSD), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil), patinam lá embaixo, com 5%, 4% e até 2%, respectivamente. Eduardo Leite também não decola, ficando entre 3% e 5%. O que chama atenção é o tanto de gente que não tá nem aí pra essa eleição hipotética: os votos brancos, nulos ou "nenhum" batem entre 9% e 16%, dependendo da combinação de candidatos.
E se Lula não estivesse no páreo? Aí a parada fica mais embolado ainda. Num cenário sem o petista, Ciro Gomes pula pra 19%, seguido de perto por Tarcísio, com 16%, e Fernando Haddad (PT), com 15%. Bolsonaro, em outra simulação sem Lula, lidera com 32%, deixando Ciro com 20% e Haddad com 17%. Pablo Marçal, sempre ele, segue na cola, com 8% a 12%. O que fica claro é que, sem Lula, o eleitorado se espalha mais, e a fatia dos que não querem saber de ninguém sobe pra 15% ou 17%.
Aqui no Paraná, onde a política tem um jeitão próprio, esse levantamento do Datafolha já tá dando o que falar. O pessoal que apoia Lula, lá nos rincões como Londrina ou Maringá, deve tá animado com essa dianteira, mas os bolsonaristas, que ainda têm força em cidades como Cascavel ou Ponta Grossa, vão dizer que a margem tá apertada e que o jogo não tá ganho. Já os mais desconfiados, que não curtem nem um nem outro, olham pros números de branco e nulo e pensam: "Tá tudo igual, esse povo não muda". O fato é que, se a eleição fosse hoje, Lula estaria na pole position, mas com um pelotão de adversários na espreita e um eleitorado que ainda não tá com o coração na urna. Vai que o bicho pega mesmo em 2026, né?
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