A tarde de sábado (05) começou fria em Dionísio Cerqueira, mas no Campo da Linha Sede Marina o clima esquentou, o Atlético Sede Marina B, o Furacão da Fronteira, meteu um chocolate pra cima do ALFA, num jogo que vai ficar na memória da torcida pela Segundona Cerqueirense, o Campeonato Municipal de Futebol Série B. O placar? Um 8 a 0 que mais pareceu um tratoraço, daqueles que deixam o adversário sem nem saber onde foi parar o chinelo.
A peleia começou com o Atlético já mostrando que não tava pra brincadeira. Aos 13 minutos, Juliano Tanque, o homem-gol do dia, recebeu um presentão na área, livre que nem ganso em açude, e mandou pro fundo do barbante. O primeiro grito da torcida ainda tava ecoando quando, aos 29, o mesmo Tanque aproveitou uma ligação esperta direto do tiro de meta, deu um drible no goleiro e fez o segundo. O ALFA mal piscou e, aos 34, Mauro pegou uma bola espirrada – daquelas que sobram no meio do tumulto – e mandou um chute seco, o terceiro do Furacão. A zaga do ALFA tava mais perdida que cego em tiroteio.
Aí, aos 43, veio o lance que coroou o primeiro tempo: Jorge, dentro da área, gingou pra cima da marcação, levou um rapa daqueles de tirar o equilíbrio e a arbitragem não titubeou: pênalti! Marcos foi pra cobrança, olhou pro meio do gol e bateu firme, sem chance pro goleiro Nikolas. Era o quarto, e o Atlético foi pro intervalo com o jogo na mão.
No segundo tempo, o Furacão voltou com o mesmo gás, mas o caldo entornou um pouco pros lados do Tanque. Aos 8 minutos, ele se estranhou com o zagueiro do ALFA num trança braços dos brabos e acabou expulso. Mesmo com um a menos, o Atlético não tirou o pé do acelerador. Aos 17, Jorge, que tava endiabrado, recebeu sozinho na área, driblou o goleiro com uma categoria de dar inveja e fez o quinto. No minuto seguinte, o mesmo Jorge ganhou na corrida, deslocou o goleiro de novo e mandou o sexto pro fundo da rede.
Aos 28, entrou Laudinor Dalvani, o Léo, e nem precisou esquentar as canelas. Na primeira chance, ele soltou um chute fraquinho da entrada da grande área, mas o goleiro Nikolas depenou um frango daqueles de dar dó – a bola passou por baixo dele e morreu mansa no gol. Sétimo do Atlético, e o ALFA já tava pedindo penico. Nikolas, saiu logo depois acusando uma lesão – ou seria um “migué” pra escapar da vergonha? Com ele fora, entrou um goleiro improvisado, e o Furacão não perdoou. Aos 37, Marcelo soltou uma bomba de longe e colocou na gaveta, um golaço pra fechar a conta: 8 a 0.
Com essa vitória, o Atlético Sede Marina B assumiu a ponta do Grupo C, com três jogos e três triunfos, deixando o Guaraní Jorge Lacerda, que ta com 7 pontos, comendo poeira. Agora, os dois vão se pegar num duelo que promete faísca: pro Furacão, um empate já garante a liderança e a vaga nas oitavas como primeiro do grupo. Já o ALFA, coitado, amargou a terceira derrota em três jogos. Ainda não jogou a toalha, mas vai ter que rezar pra um tropeço do Criciúma contra o Ypiranga e, de quebra, vencer o mesmo Criciúma na última rodada pra sonhar com a classificação.
Foi um jogo pra lavar a alma da torcida do Atlético, que saiu do campo com o peito estufado e o grito de “Furacão”. Enquanto isso, o ALFA vai ter que lamber as feridas e juntar os cacos pra próxima batalha. Coisa de futebol, né? Um dia a gente ganha, no outro a gente aprende.
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