Era uma tarde dessas comuns na BR-163, entre Barracão e Santo Antônio do Sudoeste, aqui no nosso Paraná. Hoje, 05 de abril, o sol mal mostrava as caras no céu, a rodovia, como sempre, cheia de vida: caminhões carregados, carros apressados, ônibus levando gente pra lá e pra cá. A paisagem, com seus campos abertos e pedaços de mata, parecia só mais um pano de fundo pra quem cruza essa fronteira todo dia. Mas, num instante, a tranquilidade virou caos. Ainda não se sabe se houve vítima fatal ou qual o quadro dos socorridos, em breve estaremos atualizando as informações.
O choque foi frontal, coisa de tirar o fôlego de qualquer um. Um carro e um ônibus se encontraram de frente, bem no meio da pista, numa pancada que ecoou longe. Quem viu conta que o barulho foi bruto: ferro amassando, vidro voando em cacos, o impacto que não deixa margem pra dúvida. O carro, ainda não informado, mas um desses que a gente cruza sem nem reparar, ficou todo retorcido. O ônibus, grandalhão, também não escapou ileso, com a frente amassada como se tivesse batido num muro invisível. Mas o que doeu mais não foi o estrago nas máquinas, foi o que ficou preso nelas.
As vítimas tavam lá, agarradas nas ferragens, num cenário que aperta o peito só de pensar. O pessoal que passava na hora parou, tentou ajudar como dava, mas era serviço pra quem sabe. O socorro chegou rápido, cortando o metal com aquelas máquinas barulhentas, trazendo esperança e pressa. Tinha gente pedindo socorro, outros quietos, talvez sem nem força pra reagir. A tarde, que antes era só mais uma, agora carregava um peso que ninguém esperava.
A BR-163, quem roda por ela sabe, não dá moleza. É uma estrada que engana: reta em alguns pedaços, mas com curvas que pegam desprevenido, e um movimento que não para. Falam que pode ter sido uma ultrapassagem arriscada, um descuido no volante ou até o cansaço de quem tava dirigindo. Mas isso, só as autoridades vão esclarecer. Por agora, o que se viu foi o corre-corre do resgate, o som das ferramentas e das sirenes cortando o ar, e o olhar perdido de quem testemunhou tudo.
A notícia já tá voando por aí, como é de costume. Em Barracão e Santo Antônio do Sudoeste, o povo não fala de outra coisa: nas ruas, nos bares, nos grupos de mensagem. “Aconteceu hoje à tarde, na 163”, dizem, com aquela mistura de choque e tristeza que a gente conhece bem. Essa rodovia, que leva o progresso pra frente, também tem seu lado sombrio, suas marcas de histórias que ninguém quer contar.
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