Na última sexta-feira, dia 4 de abril, a tranquilidade de uma família em Francisco Beltrão/PR, virou de cabeça pra baixo. O pequeno Raul, um gurizinho de apenas 11 meses, filho da Jordana e do Matheus, passou por um baita sufoco. Enquanto brincava, ele acabou se engasgando com um pedaço de plástico. Imagina o desespero que tomou conta dos pais naquele momento! Mas, como diz o ditado aqui da região, “pra toda dificuldade tem um jeitinho”, e o jeitinho veio rápido com a ajuda do Samu.
Sem perder tempo, a Jordana e o Matheus ligaram pro 192, o número da salvação nesses casos. Do outro lado da linha, a regulação médica do Samu, que é o pessoal que organiza tudo, já botou o pé no acelerador. Uma equipe foi mandada na hora pra casa da família. Chegando lá, os socorristas, com aquele jeito calmo mas ligeiro que só quem lida com emergência tem, começaram a manobra de desengasgo. E, graças a Deus e ao preparo deles, deu tudo certo! O Raul voltou a respirar direitinho, e o alívio deve ter sido tamanho que dá pra imaginar os pais quase caindo de joelhos pra agradecer.
Depois de tirar o guri do aperto, a equipe achou por bem levar ele pra Unidade de Pronto Atendimento, a famosa UPA, pra garantir que tava tudo nos conformes. Lá, o pequeno recebeu um acompanhamento mais de perto, só pra deixar o coração da família sossegado. E olha, não é todo dia que uma história assim termina com sorriso no rosto, mas essa terminou.
Aí, na manhã de ontem, dia 08, a coisa ficou ainda mais bonita. A Jordana e o Matheus, levando o Raul no colo, foram até a base descentralizada do Samu em Francisco Beltrão pra dar um abraço naqueles que viraram verdadeiros anjos da guarda do filho deles. Quem recebeu esse carinho foi o Condutor Socorrista Alexandro Marcelo Francisquet e a Técnica de Enfermagem Elena Alves dos Santos, os dois que botaram a mão na massa pra salvar o menino. Mas não dá pra esquecer do pessoal da Regulação Médica, que fez tudo acontecer nos bastidores: a Técnica Auxiliar Marli Dalsente, o Médico Regulador Eviane Cazet da Silva e o Rádio Operador Evandro Carvalho. É aquele ditado, né? “Um por todos e todos por um” – cada um com sua parte, garantindo que o Raul tá aqui, sapeca e faceiro.
A visita da família foi daquelas de encher os olhos d’água. Teve agradecimento, teve emoção, teve aquele sentimento de “valeu a pena” que deve ter aquecido o peito de cada socorrista ali. Porque, no fim das contas, o trabalho deles não é só correr atrás de sirene ligada ou fazer curativo. É sobre dar uma chance pra vida continuar, pra um guri como o Raul crescer, brincar e, quem sabe, um dia ouvir dos pais como ele foi salvo por essa gente tão braba. Aqui no Paraná, a gente chama isso de “serviço bem feito”, mas, pra Jordana e Matheus, com certeza foi muito mais que isso: foi um milagre com nome e sobrenome.
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