Pensa numa cena que é quase um filme do Mazzaropi misturado com Mad Max, mas com sotaque do interiorzão! Na manhã desta quarta-feira, dia 9 de abril, a Polícia Rodoviária Federal deu de cara com um caminhão que era mais um milagre ambulante do que um veículo de verdade. O bicho tava rodando pela BR-163, lá em Guaraciaba, no Oeste de Santa Catarina, como quem diz: "Tô feio, tô quebrado, mas tô na pista, meu irmão!"
O motorista, um vivente de 63 anos, tava lá, firme e forte, pilotando aquele treco com um capacete de moto na cabeça. Isso mesmo, um capacete com viseira, daqueles de motoboy que entrega pizza, e pelo visto era um “Samarino ainda”! Por quê? Porque o caminhão não tinha para-brisa, ué! O vento batendo na cara, o cabelo (se é que sobrou algum) voando, e ele ali, todo pimpão, como se fosse o Rei da Estrada. "Ó, sem crise, eu dou meu jeito", deve ter pensado o homem.
Mas não para por aí, não. A cabine daquele caminhão tava um verdadeiro Frankenstein sobre rodas. Tinha pedaço amarrado com corda, tipo aqueles varais que a vó improvisa. Os caras da PRF olharam aquilo e devem quase ter caído pra trás de tanto rir – ou chorar, vai saber. Na vistoria, descobriram que o bicho tava com peça solta pra tudo que é lado, tipo um Lego mal montado. As paradas ultrapassaram até o limite da carroceria, balançando que nem bambu em ventania. E o tanque de combustível? Meu amigo, segura essa: tava tampado com um elástico e um saco plástico! Isso mesmo, um tanquinho improvisado que parecia coisa de guri brincando de engenheiro.
Aí os policiais perguntaram pro tiozinho: "Mas, seu moço, que diacho é isso?" E ele, com a maior calma do mundo, como quem pede um café na padaria, disse que o caminhão tinha batido lá na divisa entre Mato Grosso e Pará. Um acidente feio, pelo jeito. Mas sabe o que ele fez? Decidiu que o bichão ainda dava pro gasto e resolveu trazer o caminhão rodando até Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Uma viagem de três dias, mais de 3 mil quilômetros, com aquelas gambiarras! Imagina o cara na estrada, o capacete suado, as cordas segurando a cabine, e o tanque fazendo "ploc ploc" com o saco plástico. É ou não é pra dar um Oscar de comédia?
A PRF, claro, não deixou barato. Autuou o caminhão por sete irregularidades – sete, minha gente! Isso que eles devem ter parado de contar pra não gastar o bloquinho de multas. O veículo foi parar num pátio, onde vai ficar mofando até alguém botar ordem naquele caos. E o motorista? Bom, deve tá lá contando essa história pros amigos, com um chimarrão na mão, rindo da própria desgraça.
Moral da história: tem gente que acha que "jeitinho brasileiro" resolve tudo, até um caminhão que parece que saiu de um ferro-velho direto pra uma novela de absurdo. Só aqui no BR mesmo, né, tchê?
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