Dona Leobaldina Calistro Rodrigues, 91 anos, faleceu em Barracão, deixando saudades no Jardim Pinheiro. Pioneira do bairro, viu carreiros virarem asfalto e marcou época com sua fé na Assembleia de Deus, onde foi velada. A Câmara de Vereadores aprovou uma moção de pesar, destacando seu pioneirismo e cooperação.
No Pinheirinho, todo mundo, ao menos os que tem mais de cinco anos de bairro, tem uma história com dona Libaldina. Ela chegou ali quando o bairro era só um punhado de caminhos tortos, daqueles que a chuva transformava em lamaçal e o sol em poeira sem fim. Com o tempo, foi vendo as coisas mudarem: as ruas ganharam forma, o asfalto chegou, o calçamento trouxe jeito de cidade. Mas não era só assistir o progresso não – ela botava a mão na massa, ajudava os vizinhos, puxava a comunidade pra frente com aquele jeito de quem sabe que juntos é sempre melhor.
Na Igreja Assembleia de Deus, ela era mais que uma fiel. Era uma presença, daquelas que aquecem o ambiente. Todo culto tinha ela lá, firme, com um sorriso que dizia muito sem precisar de palavras. Agora, é nesse mesmo lugar que o povo se reuniu pra se despedir, com o coração cheio de memórias e a certeza de que ela tá em paz.
O que pegou todo mundo de jeito foi a homenagem da Câmara de Vereadores. Leandro Hahn, do Podemos, Márcio Dobroski, do PSD, e Valdinei Battisti, do MDB, não deixaram passar em branco. Eles aprovaram uma moção de pesar que é mais que um gesto formal – é um reconhecimento de peso. Falaram da Libaldina como uma pioneira de verdade, alguém que abriu caminhos no Pinheirinho com disposição pra cooperar e um amor danado pelo bairro. Elogiaram como ela ajudou a transformar o Jardim Pinheiro num lugar de orgulho pra quem vive ali, com raízes que vão ficar pra sempre.
Dona Leobaldina viveu quase um século, e cada dia valeu a pena. O Pinheirinho chora, mas também sorri, porque ela deixou um pedaço de si em cada canto desse bairro.
Mín. 16° Máx. 22°