Barracão, um dos lugares mais altos do Paraná, e Dionísio Cerqueira, coladinha na fronteira, são muito mais do que cidadezinhas de interior. Aqui o povo vive no 220, com o burburinho de quem tá entre o Brasil e a Argentina, e o vento? Meu amigo, quando sopra, é forte, daqueles que bagunçam o cabelo! É nesse clima que o Padre Paulo, o pároco da Igreja Nossa Senhora Aparecida, fez um convite daqueles que aquecem o coração: “Bora, gente, se junte a nós na Via Sacra!”. A caminhada, que celebra a Páscoa e a paixão de Cristo, vai reunir os fiéis num trajeto que promete emoção, reflexão e união.
Tudo começa no Centro de Eventos de Dionísio Cerqueira, onde a galera já tá acostumada a se reunir pra festas e prosa boa. Dali, a procissão vai tomar as ruas cerqueirenses, que vivem movimentadas, com o vaivém de quem cruza a fronteira todo dia. As estações da Via Sacra vão marcar o caminho, cada uma trazendo um momento pra parar, rezar e pensar na cruz que Jesus carregou. Mas não para por aí, não! A caminhada segue rumo a Barracão, juntando essas duas cidades que são quase uma só, divididas só por uma linha que, na real, não separa nada.
E o grand finale? O Lago Internacional da Fronteira, aquele lugarzão que é cartão-postal da região, onde Brasil e Argentina se encontram. Na divisa com Bernardo de Irigoyen, a Via Sacra vai fechar com chave de ouro, com uma celebração que vai fazer o coração pulsar mais forte que o som da torcida num jogo do Azulão ou do Furacão da Fronteira, lembrando daqueles jogos animados do campeonato municipal. É a fé que une, que atravessa ruas e fronteiras, e que faz a gente sentir que, aqui, a Páscoa é mais do que uma data – é um jeito de viver.
O Padre Paulo, com aquele jeito de quem abraça todo mundo, tá chamando geral: “Vem, traz tua vela, teu terço, e bota o pé na rua com a gente!”. Não importa se tu é de Barracão, de Dionísio ou veio de além do lago – aqui, na fronteira, a gente sabe que fé boa é fé compartilhada. Então, bora? Mesmo com o vento querendo levar o chapéu, a gente vai caminhar, rezar e mostrar que, nesse cantinho a chama da Páscoa nunca apaga.
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